Comentarista Aloprado

Sempre fui fascindo pelo rádio. Nunca esqueço daquele rádio do olho mágico que existia na casa do meu pai. Como esquecer o Repórter Esso, os programas de auditório qu eram retransmitidos, as novelas, o almoço musical, o programa de aguém para você, s narrativas de futebol? Nao equeço. E pela vida afora até hoje fui fiel ao rádio. Ouço muito rádio. Tinha uma inveja danada dos radialistas até que... por obra do destino e falta de outra pessoa, mesmo com uma voz péssiama, rouquenha (já fiz atpe cirúrgia da corda vocal esquerda), terminei apresentando um programa de entrevitas na Rádio Jornal de Pesqueira,, o nome dele era Pesqueira Debate, durou uns dez anos e, pasmem, er campeão de audiência, mas era apresentado somene apos sábados.

Mas ocupei na mesma rádio outra função: escrevia diariamente o comentário do meo-dia, que era lido por im locutor arretado Arnobio Marques. Durou mais de 30 anos. Juro. Vurou hábito na cidade ouvir a minha arenga do meio-dia. Tinha mito de arenga.

No entanto, a minha maior recordação não era da minha luta em favor do povo, mas das gafes monumentais. É elas que me recordo com saudade e mais carinho. E quando isso acontece eu rio com cuidado por causa da asma.

Vou contar apenas uma porque essa marcou demais, causou muita hilaridade, ficou na história do radialismo da nossa terra. Havia um ex-vigia da rádio, um cara folclórico, um figuraça, algupem que todo gostavam, que ficou nem doente e levaram para o Recife. Pois bem, eu estava no banco, ainda lembroi analisando um projeto rural de um grande pecualista, r. Otpavio Carneiro Leão, algo urgente, quando um amigo chego e me disse que Jabiraca, o ex-vigia da rádio, morrera no Recife. Parei o serviço, peguei uma folha de papel e botei na máqina e, na hora, que nem caldo de cana e direto que nem cantiga de grilo, fiz a crônica sobre amorte de Jabiraca. Botei dentro de u envelope e mandei um tpaxi levar pra rádio para sr lido por Arnónio meio-dia. Ele leu, foi aquela tristeza na cidade. Todo mundo achando que eu fiz algo muito justo. Mas aí..., no ouro dia, estava concluindo a análise do projeto quando o telefone tocou. Era o filho de Jabiraca. Primeiro ele me parabenizou e agradeceu a crônica e depois soltou a bomba: - Papai também gostou muito, mandaram a cópia e e li para ele, atpe perguntou se voê tinha mandado bogtar de fundo musical "A volta do boêmio", a música que gosta tanto. Onrigado, amigo, mas papai ainda tá vivo". Imaginem o que senti, não vergonha, errei involuntariamente, o que senti foi felicidade por o sueito estr vivo e ri, ri demais da gafe que cometi. Eu e toda Pesqueira.

Acho que atpe nas besteiras há certa humanidade. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 29/01/2018
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