Happy hour
Um convite para um happy hour após o trabalho. E lá vamos em poucos mas seletos colegas de trabalho. Deveras faz muito bem esse momento, permitir-se interagir sem a sisudez da rotina, permitir-se falar amenidades,ouvir amenidades, conhecer-se em sua informalidade.
Cada um traz sua história de vida, um histórico consigo, guardado a sete chaves, ou não tanto. Mas guardado. Cada um tem no olhar o retrato da alma, do sentimento que o alegra ou que o corrói. Necessário compartilhar pra que se torne mais leve, ou banal.!?
Foi excelente, alimentou a adrenalina e outras "inas" possíveis. Fez -me ver que mais disso havemos de fazer, senão a vida passará e os momentos de amizade compartilhados despretensiosamente, não teremos tempo pra viver, ou não reservamos esse tempo pra interagir com leveza.
E bem mais tarde entro no ônibus de volta pra casa. Experiência nova que me permiti. E foi ótimo. Porque não? Porque não quebrar a rotina? Fiquei a observar quem compartilhava o mesmo ambiente do ônibus comigo? Turistas que ansiosos estavam pra ver o mar; um paraplégico com aparência de paralisia cerebral, dada a dificuldade de articulação da fala, que entrou arrastando-se até sentar na poltrona primeira que lhe foi cedida por um jovem rapaz e que ainda ficou todo o trajeto sendo abordado. Este, com toda paciência afirmava pra não contrariar, ainda que não compreendesse o que estava querendo dizer. Fiquei ali a observar.
Cheguei em casa muito agradecida, pois recebo da vida mais que mereço. Quero poder retribuir mais e ter muitos outros happy hour com os colegas de trabalho que são entusiasmados, vibrantes e parceiros.
Viva a vida! E que venham mais happy hour