T a r e f a

Uma guerra não se circunscreve ou se limita a uma só batalha. Principalmente a guerra entre classes, a chamada luta de classes que sempre existiu e vai existir, enquanto houver a casa grande e a senzala, enquanto houver explorados e exploradores.

Não é uma guerra convencional. Ela é muito maior, masis duradoura e talvez muito mais dolorosa. Mas inevitável enquanto, repito, houver a causa: a exporação do homem pelo próprio homem.

É natural haver um certo desalento quanto de perde uma batalha. Mas, não raro, as vitórias da casa grande são meras vitórias de Pirro, nelas éla perde muito mais do que ganha, a vitória vira probema, e problema incontornável. im, porque são tão cruéis, desumanos e sem nenhu resquício de respeito ou de misericórdia, preferem usar a maldade, a ignomíia, a crueldade e sordidez, fazendo com que os pseudos derrotados retemperem as forças e d~eem a volta por cima.

A casa grande não aprendeu com a história porque ela nao lê e desdenha da história. Por issomais cedo do que se pensa será extinta. E será extinta por si mesma, pelo seu egoismo, crueldade, canalhice e falta de sentimento humanitário. erá vencida também pela consciência dos homens, muheres e ovens que stão despertando e entendo o ogo de cartas marcadas dessas elites apedrecidas.Dos que acreditam que a esperança sempre vence o medo, que a esperança é o sonho do homem acordado. Se lesses pelo menos as grandes obras, mesmo as de ficção, ou quase ficação, mas grandes obras, veriam que mesmo morto El Cid foi colocado no seu cavalo e comandou a vitoria de suas forças. Nãose esmaga, derrotaou mata um líder de ua causa justa.

Há, por assim dizer, ua tarefa a ser cumpridapelos democratas, pelos homens, muheres e jovens que acreditama na democracia e utam por ustiça social, que defendem os direitos humansos e que creem em Deus, essa tarefa é entendendo que a luta continua, apesar dos pesares, agora com mais vigor ainda, porque nos deram mais um grande motivo, a inustiça, a armação absurda, a condenação injusta, o medo das urnas, a cuplicidade de todo um esquema fascista, inclusive com a mãozinha indispensável de uma justiça de juízes que não são uízes mas orelhas, julgam pelo ouvir dizer, se baseiam num texto do Globo, em domínio do fato, em factóides. A luta, repito, continua. E é muito bo se reler o poema "Tarefa", de Geir Campos, muito oportuno neste momento:

"Morder o fruto inusto e não cuspir/ mas avisar aos outros o quanto é amargo,/ cumprir o trato inusto e nao falhar/ mas avisar aos outros quanto é injusto,/ sofrer o esquema falso e não ceder/ mas avisar aos outros o quanto é falso,/ dizer também que são coisas mutáveis.../ E quando em muitos a noção pulsar/ - do amargo e inusto e falso por mudar -/ então confiar a gente exausta o plano/ de um mundo novo e muito mais humano".

Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 26/01/2018
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