- "Eurico? É ruim!!!"

Quase me esqueço de contar um fato do qual fui testemunha ocular, algo hilário mas que achei engraçado, ri tanto que quase a asma bate, mas estava prevenido com a bombinha no bolso da bermuda. Bom, aqui pertinho do prédio onde moro tem um fiteiro (é quase uma loja de conveniência vende guaraná, cerveja, cigarro, gilete, confeito e chocolate e outros trecos. Tem uma coberta tipo guarda-sol, é uma carroça grande, o donobota uns tamboretes e funciona o principal: uma roda de papo. Aparece gente de todas as camadas sociais, quem aparece lá mede a temperatura das ruas, não precisa de nenhum expert em comportamentoe nem pesquisa.

Bom, fui lá comprar duas cocas, só almoçoagora tomando coca-cola, não rola mais nem cervea, nem cacahaça e nem vinho. Quando recebi o troco e os caras estavam falando mal dos times pernambucanos, eis que chegouo filósofo do pedaço,um vendedor de pirulito que vive etrnamente ouvindo rádiom principalmente a CBN, com fones nos ouvidos e disparou: - "Um uiz chamado Humberto Martins deu direito a Vristiane Brasil de assumior o ministério dotrabalho". Uma babã, uma galeguinha espevitada, muito engraçada, solidária demais, estava lá defendendo o Santa Cruz, e tricololor doente, mas é ainda maisapaixonada pelas novelas e confunde ficção com realidade. Ela puviu a notíciada Rádio Piruito.(é o apelido do filósofo) e arretou-se:

- "Eurico? É ruim!!! Duvido-dêodó. Era só o que faltava um cara arretado daquele ficar a favor de quem não paga direito aos motoristase não assina a carteira deles. Home de Deus, tu num te alembra do cuidado que ele tinha com Nonato? Nem quandodescobriu que Nonato era travesti ele deixou de tratar bem o motorista. Como é que agora ia cagar na bota? Eu num sabia que o danado era també juiz. Pode ficar certo que é mentira, se num for tua, é do rádio"!. E antes que alguém esclarecesse queo Humberto Martins não era o ator, elasaiu empurrando o carrinho de bebê toda satisfeita. Para ela o personagem e o ator são a mesma coisa.

Ri muito, mas depois fiquei pensando: feliz é essa babá, vive no mundo da ficção, não encuca. Inté.