BAILARINOS!

Abrem-se as cortinas começa o espetáculo, corpos que parecem magnetizados, que expressam através do movimento, a vida!

Movem-se com a leveza de uma pena, que transformam angústia em sorrisos, tristezas em alegrias, que inspiram jovens meninos e meninas, na arte de dançar.

Quando se abrem as cortinas entram homens e mulheres que deixam nos bastidores suas dores, seus medos, seus demônios, transformam com seus movimentos suaves tragédias em histórias magnificas, que apresentam e representam cenas maravilhosas em um cenário de amor e paz.

Quando se fecham as cortinas, quando termina o espetáculo um mundo diferente os espera,

Um mundo "cruel" de ensaios de superação, de lutas de exaustão.

Um espetáculo diferente se inicia horas se mexendo , se dobrando, exigindo do corpo o seu limite, trabalhando em sintonia, mente, corpo, alma e coração, confiando no parceiro (a) a sua vida em passos rápidos em voos espetaculares, dão vida à melodia criam histórias, encurtam espaços entre a tristeza e a dor, fundem-se no ritmo como uma só alma, esquecem seus problemas seus medos o espetáculo precisa continuar.

E nesse novo espetáculo que a plateia não vê, eles se debatem entre seus fantasmas, suas dores físicas e de coração, procuram incessantemente a perfeição, e para atingir esse fim alguns não se importam com os meios, a criação é mais importante.

Perdem-se no abismo procurando a perfeição, e ás vezes confundem as suas realidades, procuram em outros passos o som dos seus próprios passos, os ensaios a guerra silenciosa de ser o número 1, a disputa atroz que os levam consequentemente a procurar um modo de superar todos os obstáculos, de transformar o corpo de lhe dar mais agilidade, leveza e "som" e dentro desse mundo particular que antecede os grandes espetáculos não pode existir dor, não existe tristeza, apenas corpos em movimentos, olhares que transmitem a realidade daquilo que estão vivendo.

Por trás dos bastidores homens e mulheres que se desligam do universo para se concentrar no ritmo, na batida acelerada do próprio coração, que constroem mundos magníficos através dos seus passos dos movimentos, que vivem entre si uma disputa acirrada de serem melhor a cada dia, que se perdem e perdem a consciência do próprio valor, não só como artista, mas como pessoa, alguns se perdem pelos caminhos tortuosos de aproveitadores, ah! Mas quando se abrem as cortinas eles se transformam, são como anjos, sobem e descem, encantam transmitem uma realidade um sonho.

Bailarinos se transformam e transformam tudo a sua volta, correm tantos riscos em suas vidas que não se pode imaginar, e lá por trás das cortinas é que eles enfrentam todos os problemas da profissão, desde contusões, dores musculares, competitividade e o ameaçador mundo da fama que trás mais uma gama de graves problemas, é a mais triste delas é as drogas, é nesse cenário por detrás dos bastidores que esses homens e mulheres nos fazem sonhar, com seus rodopios e saltos. São Bailarinos!

Ceres, 06 de dezembro de 2016

Maria Edith Faustino de Araujo

Lia Araujo
Enviado por Lia Araujo em 19/01/2018
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