Bala perdida

Um dia decidi, não brigar mais por certas coisas ou certas pessoas, e resolvi brigar comigo mesmo, porque a mudança teria de vir por mim, o incomodo é meu e as consequências também, digo posso ser a responsável pela minha vida, embora minha cabeça não pare de pensar em inúmeras alternativas, a tentar ligar pontos e soluções, as idéias se desencontrando. Vejo as pessoas reunidas achando mil assuntos, falando quem são e como são, me olho e não sei mais quem sou e nem como, fico parafraseando nas linhas, porque elas me soltam um pouco, talvez eu não goste de compromisso e nasci pássaro solto, tenho impulso que explode o coração, mas ando preguiçosa. Pode ser pecado falar a palavra preguiça, mas muita ação tem me consumido nesses tempos. As pessoas me falam "Você é avoada" junto com "Você precisa ter foco", mas eu sou de humanas, a arte faz flutuar mesmo, e só tenho achado gente pé no chão, que não entendem sobre quem vê com os olhos da sensibilidade. Não quero ser dona da razão, aliás quero ainda poder sentir emoção, quero ser bala perdida.

Erica Bueno
Enviado por Erica Bueno em 17/01/2018
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