Despedida

Hoje no Aeroporto havia muitas pessoas que iam e vinham, pessoas cansadas, felizes, preocupadas, perdidas, pessoas que expressavam as mais diferentes expressões.

E eu pensava que em meio aquela fila enorme para fazer o Chek-in e em meio a tantas pessoas que iam e vinha no saguão do aeroporto, havia tantas histórias. História do que foi deixado para trás e história do que ainda vai acontecer quando chegarem ao seu destino.

É como se o aeroporto fosse não apenas parte da ponte aérea, mas também parte de uma ponte no espaço tempo, entre passado e futuro, entre chegadas, partidas e recomeços.

Eu estava lá para me despedir, me despedir de alguém que pra ser sincera eu não queria que viesse. E Antes desta pessoa chegar, eu pensava como seria o ano com esta pessoa. Sou tão acostumada a minha toca e minhas coisas, tal qual um Hobbit que não vai além das fronteiras do seu condado, assim sou eu.

Mas está pessoa veio, fez parte da nossa vida por um ano, entre atritos e asperezas, tomamos nosso rumo, construímos nossa vida, assentamos nossas ideias, e foi um ano bom.

Tão bom, que ao fim do ano não gostaria de estar ali me despedindo, gostaria que ficasse, me acostumei com sua presença.

E ali naquele saguão, me fiz a mesma pergunta que há um ano atrás: _Como será agora?

...

Confesso que chorei, e me virei para dar um último adeus, enquanto eles nos olhavam de longe, nos vendo voltar para casa sozinhos, mas realmente estamos sozinhos, pois na nossa casa hoje ficou um vazio.

E ao me virar novamente para um último adeus! Já não os vi mais, era o começo de um recomeço, novamente as pessoas transitando pelo saguão, com malas, sozinhas, acompanhadas, em duplas, trios, grupos...

Mas vocês já não estavam mais lá, só vejo agora rostos desconhecidos.