AINDA SOBRE A CONSTITUIÇÃO

Ainda sobre a constituição, devemos ter em mente que nem todos os legisladores da antiguidade eram versados nos códigos de escrita, mas tinham honradez inquestionável e experiência de vida bastante para saber o que era conveniente para a sociedade que eles representavam.

Acreditamos que uma assembléia constitucional formada por pessoas com os atributos acima, sendo cinco representantes de cada um dos vinte e sete Estados brasileiros, eleitos sem a interferência dos partidos políticos, seria de bom tamanho para que no prazo máximo de noventa dias fossem retirados os penduricalhos, as minudências casuísticas e principalmente os privilégios de grupos minoritários da carta atual, tornando-a enxuta, simples e de fácil entendimento por todos.

Um desses penduricalhos nos salta aos olhos logo no Art. 1º “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”.

Mentira.

Nunca foi assim, nem nunca será até que seja efetivo o outro falso penduricalho no Art. 5º que diz que “todos são iguais perante a lei”.

Desde a proclamação da república pelos reacionários elitistas de plantão naquele novembro de 1889, os eleitos ou nomeados para, governaram visando os interesses próprios e dos grupos que os apóiam e as leis são elaboradas para criar ou manter privilégios e imunidades de grupos fechados.

É contra esse paradigma de bondade oficial e conivência com os criminosos, de privilégios por cargo ou função exercidos, de segregação social, definidos por região onde se mora, classe de renda, escolaridade, cor da pele, religião, comportamento sexual, função laboral, pelo time de futebol que torce, etc. que devemos lutar a fim de transformar a nossa sociedade em algo bom e equânime para todos, sem exceções.

Claro que as demais leis, obrigatoriamente, terão que ser atualizadas e muitas delas, talvez a maioria, eliminadas. Inclusive o nefando “DIREITO ADQUIRIDO”.