Madrugada fria
Vejo as casas com suas luzes apagadas
Moradores adormecidos repousam num silêncio angelical
Os reflexos das luzes dos postes formam figuras geométricas no solo
Estas imagens são fruto das lágrimas que sai dos meus olhos
Não consigo controlar
Naquela casa amarela da esquina, alguém nem sabe o meu sofrer
Nem imagina que estas horas, eu velo a te esperar
O que sinto por essa criatura, somente Deus pode explicar
Podia ser a semente que depois do ciclo, meu jardim floriria
Espero que tudo isso passe, que eu venha despertar
Alguém plante algo neste coração sedento de amor
E venha festejar uma boa colheita, afinal este peito é feito de terra fértil
E nunca mais vou viver como folha morta, sem esperança de amar.