Sexo a quilo

Não nego, às vezes vou a um desses locais que vendem comida a quilo, os self-services... Mas não gosto, detesto. Sou daqueles que so gosta de comida feita na hora, de preferência caseira e simples, sem sofisticação, apenas com o tempero tradicional. Sofisticou eu não como, sou matuto e chato, prefiro ficar com fome. Se comer é a pulso. Juro.

Da mesma forma sempre encarei o sexo. Tudo bem, a perigo, quando era mais moço arriscava um sexo a quilo, às vezes até nos "self-service", um sexo frio, sem sentimento, aquela coisa casual, maquinal. Aquela quentinha sem gosto e sem tempero, comida a quilo...

Posso estar sendo meio grosseiro e aniguado. Sou grosseiro e antiguado. Acho que sexoé poesia, entrega, partilha, mesmo que sea o chamado pulada de cerca, ele tem que ter alguma afinidade, coisa de pele, atração, algum sentimento, um certo romantismo. Sem isso e sexo de galo. Tem que ter alguma coisa aém do ato em si, tão ligados? Que coisa triste o sexo maquinal. Parecem dois robôs. Sem papo, sem humor, sem intimidade, sem carinho um pelo outro e... Sexo tem que obedecer a um ritual, romance, carinho, ternura, preliminares, patati-patatá gostoso e... o depois, não pode ser findou e priu. Tem que haver o mesmo carinho a mesma ternur, humor, entendimento. Sem isso é comida a quilo.

Sexo, hermans e hermanos, é poesia, carnaval e partilha, além de romance. Sexo frio, maquinal e sem atração e reciprocidade eé comida sem gosto, comida a quilo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 10/01/2018
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