Proust, o chá, a Madeleine e o passado

Adoro ler bons livros. Se não sou bom na escrita, acho que na leitura sou mais ou menos. Sim, me considero um bom leitor, mas de romances, contos e poesia, filosofia, sociologia, psicologia e ciências em geral sou quase mobral.

Mas mesmo no que tange à literatura falhei na leitura de vários livros de autores famosos, ou seja, não consegi lê-los até o final. Foi o caso do "Ulisses", de Joyce, do "A Montanha Mágica", de Thomas Mann, dos romances de Kafka, os de Faulkner e, também, os livros de Proust.

Deste último dei uma avançada mais oe menos no primeiro, "No Caminho de Swann, mas não concluí... No entanto adorei alguns trechos, principalmente o qu e fala num exercício involuntário que ele fez para recordar seu passado, em particuar sua infância e adolescência. Ele conta que estava cansado sem conseguir se lembrar do passado quando chegou em casa, sua mao vendo-o cansado lhe deu uma xícara de chã e algumas Madeleines (aquelas bolachas. ois bem o olfato e o paladar lhe ensejaram lembrar-se do passado. Foi molhar a Madeleine no chá e dar uma mordidae, poke!, o passado começou a se projetar a sua frente. Vou transcrever aparte que achei mais arretada:

"... E como nesse jogo em qe os japoneses se divertem mergulhando numa bacia de porcelana cheia de água pequeninos pedaços de papel até então indistintos que mal megulhados, se estiram, se contorcem, se colorem, se diferenciam, tornando-se flores, casas, pessoas consistentes e reconhecíveis, assim agora todas as flores do nosso jardim e as do parque do Sr. Swann, e as ninféias do Vivonne, e a boa gente da aldeia, e suas pequenas residências, e a igreja, e toda Combray e suas redondezas, tudo isso que toma forma e solidez, saiu, cidade e jardim, da minha xícara de chá".

Preciso fazer um esforço e ler os livros de Proust. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 05/01/2018
Código do texto: T6217492
Classificação de conteúdo: seguro