Grito de Alerta

Ah, amor, você está extrapolando, mas concordo que também tenho culpa. Olha, primeiro você me azucrina, me entorta literalmentea cabeça, atanaza meu quengo, funde minha cuca e, mais, me bota na boca , sem dó, um gosto amargo de fel...

Depois, arrependida, se achega chorando, pedindo desculpas. implorando perdão e até querendo uma porção de mel. Como negar? Não tenho força e nem coragem...

Você não vê que eu me rasgo, engasgo, engulo me cntrolo a pulso e reflito e... estendo a mão. Com certeza essa rotina faz da nossa vida uma espécie de limbo, quase um inferno. É assim a nosa vida como um rio secando, as pedras cortando e eu apesar de me controlar, me indago: até quando?

Ah, o sofrimento, as coisas miúdas. discussões, briguinhas torpes, ridículas, ressentimentos mútuos, um ódio gratuito e um apego a ua relação inexplicávele dolorida. Quantas frases perdidas e odiosas no nosso mundinho permeado de gritos, num jogo de culpas mutuas que mina a mente, o coração e a alma...

Não, não quero ter razão, sei da miha culpa, cumplicidade, erros, omissões, conivências. E admito o quanto já fiz de destrutivo. Mas, creia, sinto que breve o copo da paciência vai transbordar. O momento vai chegar em que não vai maia dar para engolir, aceitar, absover e bsolver...

Veja bem, querida, nosso caso é que nem uma porta entreaberta, há que se buscar a apalavra certa, ntenda meu Grito de Alerta. Veja abem, ´o amor que está a gritar no meu coração. Nele há um lado carente dzendo que sim, e outro gritando que não. Qual deles sai vencedor. Vê se entende o meu grito de alerta, nao da mais para fingir.

P.S. Concordo que é uma heresia parodiar canhestramente a bela música de Gonzaguinha. Um pecado. Mas fiz isso porque estive discutindo com um amigo que acha que essa música é política, ode até ser, mas a minha leitura é que eé música de amor, um amor dolorido, sofrido, um amor difícil. Inté.