Amor Telúrico

Quando chega dezembro as pessoas começam a lembrar seupassado. Principalmente aquelas que estão distante de sua patriazinha (para usar o termo que Vnicius empregou no seu oema arretado). Sejamsos francos: o amor telúrico irrompe e emociona, arrepiae nossos olhos marejam ao recordamos nossa infância e adolescência na nossa Miraí (para falar na Miraí da musica maravilhosa de Ataulfo Alves). Etou no Recife, mas me sinto um exilado, não, a distância não é grande das minhas duas patriazinhas. Sim, eu tenho o privilégio de er duas: Arcoverde e Pesqueira. Na primeira vivi miha infância e adolescência. Na segunda me tornei adulto, cdadão, esposo, pai e avÔ. Adro as duas e todos que me conhecem sabem disso. Longe delas, reito, me sinto um exilado.

Neste final do ano não vou poder visitar minhas patriazinhas. Infelizmente. O motivo é saúde que está rateando e outros problemas que não vale nominar. Mas não vou deixar de cenyrar meu pensamento nas duas, nna Porta do ertão e na Ororubá Lndária e Eterna. E vou fazr isso folheando álbuns, lendo cartas, amolegando objetos... E rindo e chorando. Su chorão. Se a saudade apertar muito talvez, escondido da segurança, eu tome umas lapadas de Pitu Gold, deixando claro a porção das minhas duas santas patriazinhas.

Por fim fica a definição de otiguar Matos que explica melhor esse tipo de amor telúrico que dói e dá prazer:

"O homem é tempo e saudade, o importante são as raízes, o que o segura é a memória. Não tenho ouro, nem incenso, nem mirra. Volto a ti como amante de amor primeiro, duro como a vida, maior que a morte. Milagre teu, renovas o universo e me fazes sentir adolescente no calor do teu abraço. Ridículo como todo namorado, seguro tua mão e digo que te amo". O importanteé que a emoção sobreviva como dizia o poeta. Não estou nas minhas patriazinhas fisicamente, mas estão lá minha mente e o meu coração. Palavra de honra. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/12/2017
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