Missa do Galo

Todo ano, no dia 24 de dezembro, antes da ceia tradicional (tô de dieta, só vou comer folhas e duas colheres de sopa de salpicão, além de obter habeas corpus para tomar um copo de vinho tinto). eu tenho or hábito (isso á faz mais de 40 anos) de ler o conto de Machado de Assis, "Missa do Galo". Sou fascinado por esse conto, que começa assim: "Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ela trinta. Era noite de natal...". Uma maravilha, acho que nesse conto ele consegue permear a conversação dos dois de m erotismo sútil, mas arretado. O clima, o que fica nas entrelinhas, o ritmo, um conto antológico, uma jóia da lietratura, ele faz parte, pois, do meu Natal.

Mas também sou ligado nos preparativos das pessoas para assistir à Missa do Galo, hoje apenas uma minoria pensa nela e cumpre essa tradição, a maioria opta pelas festas de massa com aqueles cantores e bandas horíveis. A tradição está se extinguindo. Um retrocesso. Não, não vou à missa, mas adoro o frisson dos religiosos, aquele gesto de fé me contagia. Juro. Não sou ateu, sou cristão, um cristão, claro, atípico, sem religião. Além da Missa do Galo sou ainda mais fascinada pelas Lapinhas das capelinhas ou das pracinhas da periferia. Sempre vou olhar, e rezo. Rezo sim, silenciosamente, sempre pedidndo pelos pobres e pelo meu país, para que seja um país justo e fraterno. É o teor de minha prce silenciosa olhando a Lapinha.

Também depois da ceia, costumo conversar com a família, lembrar histórias de utros natais, no tempo que éramos felizes e não sabiamsos, se subéssemos não teria graça nenhuma. Ouço alguns sambinhas e antes de dormir releio ainda uma cronica do Profssor Potiguar Matos qe fala na Missa do Galo:

"Alguma coisa de grande iria acintecer. Não sabáimaos direito, mas era a história de um Menino que nascia, de uma estrela caminhando no infinito, de homensmaus e homens bons, de carneiro,lã, camponees, Maria. O padre alçava os braços. Todo o ceu constelado se esmagava no topo das serras, cintilava em ouro e prata, florescia nos longes da madrugada. Crianças dormiam. A paz dos anos havia tomado a terra. Era simples e belo".

Feliz Natal e um Ano NOvo nos trinques, sem Temer. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/12/2017
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