O TEMPO EM QUE ME TORNEI PAI E MÃE DE MINHA MÃE

Caminhada lenta, duas passadas firmes e uma devagar.

Esquecendo à tarde o que falou cedo.

Sem lembrança cedo do que aconteceu ontem.

Confundindo épocas e acertando amor.

Escutando pouco e perguntando: “que jeito?”

Isso me faz ter um pouco mais de caridade.

Um pouco mais de paciência

Um pouco mais de tolerância

Um pouco mais de fé

Um pouco mais de esperança

Um pouco mais de espiritualidade

Um pouco mais de oração

Um pouco mais de esforço

Um pouco mais de perdão

Um pouco mais de amor

Um pouco mais de respeito

Um pouco mais de consciência histórica

Um pouco mais de humanização

Um pouco mais de humor

Um pouco mais de cuidado

Um pouco mais de ciência

Só um pouco mais.

Estou percebendo que não há gratidão maior do que tê-la por perto, até quando puder ter Aproveitar um pouco mais cada momento.

A vida é muito curta para ser pequena.

Estou aprendendo de fato que a vida é feita de relacionamentos e não de coisas.

Ir ao médico e dizer como ela está e ela só na observação e com olhar atento.

Ajudar a vestir roupas, auxiliar no banho, pentear os cabelos, passar uma maquiagem, preparar o café, confeccionar o prato de alimentação. Que coisa linda!

É isso. Não sou e nem serei pai e mãe de minha mãe, mas quase isso, não é inversão de papéis, é troca de experiências. É um pouco mais...

E encontrando o meu caminho de volta.

Amo você mamãe!

Feliz Natal!

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 21/12/2017
Código do texto: T6204775
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