O TEMPO EM QUE ME TORNEI PAI E MÃE DE MINHA MÃE
Caminhada lenta, duas passadas firmes e uma devagar.
Esquecendo à tarde o que falou cedo.
Sem lembrança cedo do que aconteceu ontem.
Confundindo épocas e acertando amor.
Escutando pouco e perguntando: “que jeito?”
Isso me faz ter um pouco mais de caridade.
Um pouco mais de paciência
Um pouco mais de tolerância
Um pouco mais de fé
Um pouco mais de esperança
Um pouco mais de espiritualidade
Um pouco mais de oração
Um pouco mais de esforço
Um pouco mais de perdão
Um pouco mais de amor
Um pouco mais de respeito
Um pouco mais de consciência histórica
Um pouco mais de humanização
Um pouco mais de humor
Um pouco mais de cuidado
Um pouco mais de ciência
Só um pouco mais.
Estou percebendo que não há gratidão maior do que tê-la por perto, até quando puder ter Aproveitar um pouco mais cada momento.
A vida é muito curta para ser pequena.
Estou aprendendo de fato que a vida é feita de relacionamentos e não de coisas.
Ir ao médico e dizer como ela está e ela só na observação e com olhar atento.
Ajudar a vestir roupas, auxiliar no banho, pentear os cabelos, passar uma maquiagem, preparar o café, confeccionar o prato de alimentação. Que coisa linda!
É isso. Não sou e nem serei pai e mãe de minha mãe, mas quase isso, não é inversão de papéis, é troca de experiências. É um pouco mais...
E encontrando o meu caminho de volta.
Amo você mamãe!
Feliz Natal!
É isso aí!
Acácio Nunes
Acácio Nunes