Fogo Morto

Quando estava desanimado e jururu relia o romance "Fogo Morto", de José Lins do Rêgo, achava que era a obra-prima do romance brasileiro. Considerava seu peronagem principal, o Capitão Vitorino Carneiro da Cunha, o Quixote brasileiro. Era um libertário, mesmo apelido de Vitorino Papa Rabo, execrado pelos poder e poderosos, sem mando nenhum, defendia sos oprimidos e a verdade.

Sabia que estava de certa forma fugindo da realidade, mas continuava lendo e pensando com os seus botões: "Ah se tivéssemos um Capitão Vitorino...". Um cara sem poder mas digno, inteiro correto, um homem que não se dobrava e nem se amedronytava com os arroubos de intolerância das elites, nem aceitava a covardia das pessoas, principalmente das que eram incapazes de reagir.

Lia e refletia. Lia e se animava com as proezas do capitão, suas derrotas e sua capacidade de dar a volta por cima, de voltar a combater, dizer as verdades. Detestava aqueles que faziam a corte aos tiranetes de plantão, fazim inclusive cabriolas para divertir os pulhas. Pensava:cabriola quem faz [e criança, palhaço e po sol. Tentou lembrar um texto que falava em honra e dizia que o sol fzia cabriolas. Não lembrava. mas ia se lembrar.

Como sempre acontecia depois da leitura dos textos de Zé Lins, para ele o melhor escritor do Brasil em todos os tempos, ficou emocionado, fechou o livro, tomou um cálice de licor de acerola, botou uma fita no gravador, era o tema do filme Cinema Paradiso. Ficou ouvindo embevecdoa melodia, mas continuou com o grilo na cabeça: "Onde foi que li algo que falava sobre a honra e dizia que o sol fazia cabriola?". Levantou-se da cadeira de balanço, pegou o romance e colocou-o na estante poeirenta, nisso avistou um livrinho fininho, aí riu gostoso, ra justamente nele que havia o texto sobre a honra e o sol, era auma crônica de Potiguar Matos, abriu o livro e localizou o texto e releu com prazer principalmente o final:

"...A honra não, madame, diz o cavalheiro. Tudo se perdeu, madame, não a honra. A honra de uma nação é como o por do sol. Podem prendê-lo nas monanhas. As noivens podem vedá-lo. Ele está alá. Camianha beo e doirado sobre os tapuias que bailam. Também ele bailae cabriola e pula e canta, carregando nas mãos a madrugada".

Tmou outro cálice de licor de acerola e adormeceu na cadeira de balanço de palhinha. Sonhou, pasmem, que era o Capitão Vitorino. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 30/11/2017
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