De Ademir da Guia a Parmalat, de Garrincha a 7up.

De Ademir da Guia a Parmalat, de Garrincha a 7up.

Nos anos 60, Santos e Botafogo tinham equipes lendárias. De um lado, Pelé; do outro, Garrincha. Citar apenas esses dois já basta, sem querer cometer qualquer injustiça para com os demais. Tempos em que os uniformes eram verdadeiros mantos indevassáveis.

Com o tempo, o esporte foi evoluindo (será?), se profissionalizando, e a renda de bilheteria e aquela vinda de apoiadores deixou de ser suficiente para bancar os elencos. Assim, vieram os patrocinadores, que passaram a estampar nas camisas as suas marcas.

Cada clube passou a ter uma fornecedora de material esportivo, colando seu símbolo à direita, e um patrocinador "master", a carimbar seu nome ou logotipo na parte frontal dianteira. Assim, a Parmalat permitiu que o Palmeiras fosse campeão brasileiro duas vezes seguida. Depois, o banco Excel Econômico sustentou um monte de times pelo Brasil e por aí vai. Porém, muitas vezes, certas parcerias acabam azedando.

Foi o que aconteceu com o Corinthians e a obscura MSI de Kia. Por falar no clube paulista, foi ele que estabeleceu a transformação dos uniformes de futebol em verdadeiros trajes de Fórmula 1 lotados de propagandas quando trouxe o Ronaldo em 2009. Na época, omoplatas, mangas, número da camisa, espaço abaixo dele, meiões e onde mais houvesse espaço era local para "camisadoor". Andres Sanchez, que assumiu ser amigo inclusive de "gangsteres", disse na ocasião que só não venderia a retaguarda dos calções. Enquanto isso, na Copa do Brasil, houve time sendo patrocinado pela Brasileirinhas, produtora de filmes pornô.

Também veio a pouco discutida parceria da Caixa ao patrocinar tantos times brasileiros. E, mais recentemente, o Botafogo com promoção da Casa & Vídeo, anúncio do aplicativo "Pega Carga" e o patrocínio por alguns jogos de uma franquia de coxinhas.

Estão pipocando pelas redes sociais diversas piadas com o Botafogo devido ao último patrocínio. O que alimenta a brincadeira é o fato de o proprietário da franquia ser o youtuber Felipe Neto, amado e odiado na internet brasileira, mas com 20 milhões de seguidores em seus canais virtuais. Botafoguense, Felipe resolveu ajudar financeiramente o clube, algo que muita gente que só fica no sofá jamais fez.