Dores do mundo

Só os insensiveis não se revoltam com as dores do mundo. Não seadmite essa desculpa esfarrapada e cínica de "eu não sabia". Todos sabemos de tudo. Repito: todos sabemos de tudo, principalmente das inustiças cpmetidas contra sos mais pobres. Mas relegamos e não nos importamos co as dores do mundo e, portanto, com as dores dos outros,dos nossos irmãos inustiçados, empobrecidos, humilhados, ofendidos e excluídos por uma ordem social inusta. Preferimos comentar, fofocar ou debater sobre as "celebridades", a moda, a balada, o disse-me-disse... Pensamos: para que se importar com os miseráveis do país e do mundo? Para que ficar triste com algo que não nos diz respeito? Era só o que faltava!, euzinho (ou euzinha) me preocupar com esse tipo de problema chato. É ruim!, afirmam quase todos os que não sofrem as dores do mundo.

Interessante é que a maioria dos insensíveis vai à missa e aos cultos, rezam e oram, seguem à risca os rituais, mas viver o Cristianismo jamais (ou jamé como pronunciam os sepulcros caiados). Para desafogar a consciência fazem pelo elefone uma doação de quaenta ou cinquenta reais ao Criança Esperança e tamos conversamos, penbsam que fizeram a sua parte, e colocam isso nas redes, no face , zap, como se fosse um gesto largo, um beau geste...

Sempre lembro uma frase de Malaraux: "Há mais dores no mundo que estrelas no céu!". Uma verdade abisssal, e também há mais cínicose frios no mundo que estrelas no céu. Lembro também, talvez porque essa música tenha me marcado muito, um samba, se não me engano de Zé Kéti, que ouvi muito na voz da saudosa Elis Regina que começava assim: "É mais um coração que deixa de bater, um anjo sobe aos céus, FDeus me perdoe, mas o doutor chgou tarde demais....". E terminava acho que assim: "Acender as velas, acender as velas, quando não tem samba, tem desilusão, quqndo não sou eu é Nara Leão (outra saudosa cantora que cantava este admirável samba).

Não dá, hermanss e hermanos, para ficar alegre quando sabemos das dores do mundo. A gente pode até tentar, mas é missão impossível. Não, nao podemos esquecer as dores dos nosos irmãos. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/11/2017
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