POR QUE OS CONFLITOS AMOROSOS?
Existem vários conceitos que supostamente definem o amor, aqui estou me referindo ao amor passional, o amor de um homem por uma mulher ou ao contrário.
Mas eu ainda acho que, o conceito ou a definição mais elucidativa a respeito desse sentimento sutil e misterioso é a científica, que diz o seguinte: “O amor é uma força incoercível da natureza humana”.
Depois do Doutor Sigmund Freud, muita gente vem confundindo amor com libido, que, segundo Freud, a libido seria a fonte de energia em potencial e latente do sexo.
Mas segundo o Doutor Carl Gustav Jung, ele entendia que essa força não era exclusiva do sexo, porque a libido seria a fonte de energia incoercível de todos os estados emocionais do ser humano, tais como, ódio, amor, medo, fome, segurança, sobrevivência e facetas do gênio (caráter), tais como, bom, ruim, agressivo, apático, introvertido, extrovertido e outras inclusive as do sexo.
Dizem alguns entendidos no assunto que o amor verdadeiro não acontece do dia para a noite, e nem é a pessoa que seria um bom cônjuge para você, necessariamente, alguém que você considera tremendamente atraente, gostosa e sensual.
Nem todo o monumento em pulcritude seria um protótipo da mulher, que, naturalmente seria amada verdadeiramente.
Outros afirmam a existência do amor à primeira vista e, para tanto, já escreveram romances, filmes, poemas e até novelas.
Agora sou eu que pergunto: Será que esse amor desmesurado, o dito apaixonamento não seria uma memória da alma ou do espírito que vem conosco?
Assim como se fosse uma bagagem histórica, espiritual ou genética de nossas ulteriores existências?
Será que o amor seria um evento nato assim como as vocações?
Não estou querendo questionar o tipo de amor, de onde ele vem como vem e se é, à primeira vista ou a longo prazo, quero sim questionar é a existência dos conflitos amorosos.
Por que os conflitos existem, se estamos tratando de amor?
Se nós estamos tratando e vivendo essa doçura de sentimento, como e porque os conflitos existem e acabam por nos distanciar um do outro e, nos coloca numa extremidade oposta ao amor, o ódio?
Esta crônica da vida que estou pretendendo escrever e, que me é totalmente difícil descrevê-la, eu acho que vou simplesmente ficar com as argumentações, para não tergiversar sobre esse assunto metafisicamente indigesto.
Se duas pessoas se amam, eu não vejo o porquê e nem de onde nascem os conflitos, mas também entendo que o ser humano é um feixe complicado de emoções que, na maioria das vezes é mal resolvido ou administrado, na sua particular e complicada economia da psique.
O que eu tenho observado é o seguinte: As pessoas ou os casais realmente se amam, mas infelizmente, elas não conseguem se livrar do fardo pesado que com razão ou inconscientemente, acumularam no passado.
Talvez seja aqui e é bem provável que nós nos defrontamos, com os espinhos que ferem e provocam os chamados conflitos existenciais e amorosos.
Seria muito bom que as pessoas dessem um tempo e observassem as surpresas do amor e do desejo, tais como, a traição, os abandonos, as perdas, as separações e reconciliações, assim como também as pequenas crueldades do cotidiano que acabam nos ferindo com os espinhos emocionais.
MAIS PLATÃO, MENOS PROZAC - seria muito bom se as pessoas lessem esse trabalho de Lou Marinoff.
Diz Marinoff o seguinte:
Ter problemas é normal, as desordens emocionais não são necessariamente doenças.
As pessoas procuram gerir um mundo cada vez mais complexo e não precisam ser rotuladas como doentes.
Pois na realidade, elas apenas estão a percorrer um caminho respeitável em direção a uma vida mais digna de ser vivida.
Aconselha Marinoff que, praticar filosofia significa explorar o seu universo interior.
Você é a pessoa mais qualificada para empreender essa viagem de auto-descoberta.
Destacando ainda que cada um de nós possui, a resposta para os problemas que enfrenta, basta que para isso desperte a filosofia pessoal.
Ironiza ainda Marinoff que se seguíssemos os sábios conselhos dos grandes filósofos de sempre, certamente que conseguiríamos ver as nossas frustrações, perdas e dilemas pessoais sob uma perspectiva filosófica.
Ele propõe que se retire a filosofia dos currículos e dos debates acadêmicos, e leve-a para o dia a dia de todos os cidadãos.
O aconselhamento filosófico deve substituir as terapias convencionais, porque elas não passam de farmacologia neural.
E, com esse comportamento, o mundo seria muito melhor.
Por conseguinte e possivelmente, a indústria de antidepressivos estaria em vias de enfrentar uma grande crise econômica e financeira.