Juiz não é semideus em compotas

Estamos vivendo um momento no país que tanto é surrealista e dramática, mas também tem muito de comédia tipo pastelão. O pior é que por desmoralização quase que completa da classe política, qem está protagonizando agora os embates polêmicos é, infelizmente, a justiça.tanto de forma surrealistacomo, às vezes, tipo febeapá.

Alguns membros do judiciário estão num surto de que são os salvadores da pátria que estão tomando medidas que extrapolam os seus limites. Como não há ração aos surtos, não há como não lembrar a advertência do maior jurista brasileiro de todos os tempos: Rui Barbosa. Ele disse: "A pior ditadura [e a ditadura do judiciário. Contra ela não há a quem recorrer".

Um caso de intolerância e até algo meio hilário, seria até cômico se não fosse trágico, foi a transferência decidida pelo juiz Bretas do ex-governador Sérgio Cabral do Rio para um prsídio federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

A medida se deu porque o depreendeu de uma afirmativa de Cabral, numa audiência, que o réu estaria monitorando sua família. Ao fazr uma pergunta a Cabral sobrre aqisição de jóias como forma de lavagem de dinheiro de propina, o ex-governador disse: "Vossa Eccelência tem um relativo conhecimento sobre o assunto, porque sua família mexe com bijouterias. Se não me engano, é a maior empresa de bijouterias do estado". O juiz, julgando-se um semideus em compotas, entendeu, numa visão fundamenalista, que Cabral estaria monitorando sua família. Esqueceu o juiz que num perfil no estadão, em dis de setembro, saiu declaração sua e de seu pai falando na empresa de bijouteria. Como é que esse "segredode estado" nao seria de conhecimento público? Pelo amor de Deus! Cabral conseguiu o que queria: virou vítima.

Não dá para aceitar essa intolerância e nem esse festival de destemperança de juiz que se julga semideus. Semideus em cmpotas. Consegir fazer Sérgio Cabral posar de vítima é o fim da picada. Inté.