ENVOLVIDOS

Sabe, ainda não entendo o que te fez me socorrer em meio aquela impetuosa tempestade, sendo eu mais uma entre mil, a molhar-me pelos feitos da natureza. Me estendeu a mão sem ao menos me conhecer, e seu sorriso... seu sorriso o realce dos meus grandes olhos azuis.

Ainda não consigo compreender aquele desejo imensurável de lhe reencontrar depois daquele grande encontro tão oportuno e fora de marcação...

Seus olhos tão pequenos e negros como a noite... esses traços tão descolado e ao mesmo tempo modesto, essa posse de ser você mesmo, me fez interessar por sua personalidade. Te procurava assim tão consciente, e imaginava onde, e o que estivesse realizando...

Por ironia do destino novamente nos encontramos, meu coração estremeceu e meu corpo enviavam sinais nervosos conforme o corpo dançava repleto de hormônios da felicidade...é, realmente você me submeteu a isso.

Dia tão comum de trabalhos e responsabilidades de terceiros, essa ocasião me veio em boa hora... você mais uma vez me fitou em meio a copiosas pessoas com boa representação, roupas pretas, malas, folhas e preocupações...

Apesar de tudo... foi ótimo nosso segundo encontro tão sem intensão, nosso passeio descontraído, envolvente e tão incerto. Saiba que não sei por onde andas mais ainda aguardo nossos encontros incertos, que nos oportuniza a cada chegada a vontade de conhecer o outro o mais profundo, e nos apresentar o mais verdadeiramente possível nas poucas horas que nos restam.

(M. Laís)