Saudade de um chope para distrair

Não, não aguentei ver o noticiário, aquele blablablá sobre o relatório do Bonifácio dizendo que Temer é um anjinho, aquele STF enchendo linguiça, condenando Paulo Maluf e ele solto, absolvendo Renan, Jucá, Sarney... Também não está dando par assitir esse jogo sem importância contrao Chile, então liguei o som um pendrive só com o filé da MPB, presentede um irmão, e comecei a rascunhar mnihas maltraçadas. Começo com a saudade de um chope.

Pesqueira é uma cidade vocacionada para a música. Possui vários valores muicais. Três deles são, para mim, os melhores. Nelson Valença, saudoso compositor parceiro de Luiz Gonzaga em vários sucessos, o grande violonista e compositor Cláudio Almeida e o cantor e compositor, Paulo Diniz, este com vários sucessos a nível nacional como Pingos de Amor, José (músicou o poema de Drummond), Viola no Paletó, Quero voltar para a Bahia, Um chope pra distrair... Essa última composição é uma das minhas prediletas porque acho parecido com uma crônica feita na beira do mar, poderia ser em Itapoã, Iracema, Boa Viagem ou, como Paulo fez, em Copacabana: "Ela passou/ Deixando um sorriso no chão/ Deu um banho de beleza nos meus olhos/ E aí começou o verão/ Mil cores pintando o painel/ Copacabana...// Ela parou/ Na loja de discos e escutou/ A canção que eu fiz para ela/ A minha mensagem de amor/ É tudo que eu tenho par dar/ Chorei de amor/ E um chope para distrair.../ Um chope para distrair/ Um chope para distrair...".

De repente, hermanas e hermanos, me deu uma vontade danada de tomar um chope, mas não bebo mais, tomei toda a minha cota. Mais: aqui onde moro não existe mais chope, aquele chope arretado cheio de espuma, naquelas canecas. Acabou. Talvez haja em outros locais.

Ah, que saudade de um chope para distrair. Distrair de tanta coisa, tanto dos absurdos que estamos vivendocomo das saudades do passado. Ah, m chope pra distrair. Inté.