Só uma teta
Só uma teta
Se correr o bicho pega se ficar ele come. E agora José, vai fazer o quê?. Estas frases refletem as incognitas, na vida de moradores da Roçinha, no Rio de Janiero. O tráfico, em harmonia com o governo, administram a vida dos cidadões daquele local. Porém, aqui reside algo inconstituicional. O imposto não pode ser cobrado duas vezes.
Caso um cidadão, não pague ao governo, seus impostos, vai pra receita federal. Seu nome ficará “sujo” e terá seus direitos de cidadão, diminuidos. Já, se ficar sem pagar as milícias, vai pro microondas.
Porém, estes setores, deveriam sentar e conversar, se ajustar e não sangrar a população. Com a “merreca”, do valor real do salário minímo, os tráficantes deveriam diminuir a cobrança dos seus “direitos”. Ou ajudar a população, precionando o governo, por melhores salários. Melhores condições à saúde pública, ao transporte urbano, creches com barreias anti-artilharia pesada e outros beneficios que ajudassem a todos.
Também poderia ser pactuado, entre estes setores, que só um, gerisse a população local. Melhor seria, se fizessem um acordo de cavalheiros, onde um assaltasse o outro, ou pagasse os caprichos, de cada setor.
Há ainda outra alternativa. Estes governantes poderiam se fundir e ser apenas um partido. Teriam uma força descomunal. Os propósitos que os movem, os mesmos, roubar, tirar da população, saquear, enriquecer as custas do sangue e suor alheio. Sendo apenas um partido, seus lucros seriam maiores, sem muito esforço. Haja visto que, a população pagando a dois senhores, não vai suportar por muito tempo.
Poderia também ser feito um plebiscito. Com a opção, de ser governado por tráficantes de drogas ou traficantes de falcatruas. A população, depois de analisar os prós e contras, decide que deve permanecer no poder.
Se for o time do governo, pagamos impostos, sem retorno. Caso seja o time dos traficantes de drogas, pagamos os milícias. O retorno seria mais certo, a comunidade, teria ao menos segurança e assim sobraria “algum” pra saúde.
Os traficantes, deveriam pensar nesta possibilidade, fazer uma reunião e acabar com a concorrência. Teriam facilmente o apoio popular, afinal, muitas pessoas conhecem um traficante gente boa, já político gente boa, tá difícil.
Sem falar que nas leis dos traficantes, não tem segunda instância, foro privilegiado, habeas corpus preventivo, delação premiada, prisão domiciliar, perdão de dívidas, recursos inacabáveis, perdão do supremo, celas especiais, super salários, acúmulo de aposentadorias, horário gratuito na tevê, viagens internacionais em comitivas, não seriam aceitos em qualquer país. E mais um monte de benesses de seus inacabáveis salários.
Poxa é muita economia deixar traficante, gerir o Brasil. Sem mencionar, que a comunidade, só alimentaria uma teta, porque duas tá ruim.
Paulo Cesar