General e cidadania

Sem nenhuma dúvida, as Forças Armadas, mesmo com o país mergulhado numa crise moral e política profunda e com um governo cujo presidente está denunciado por corrupção e organização criminosa (junto com seu estado-maior, principais assessores), com índice de reprovação beirando os 100%, vem mantendo uma postura totalmente constitucional e que merece o respeito de todos os brasileiros. É o único setor da sociedade que nao está sofrendo nenhuma reprovação.

Mas isso não significa que enquanto cidadãos, os militares n~~ao tenham opinião sobre o drama por que passa o nosso país. Os militares pensam e possuem sua opinião e solidaridade com seus irmãos. Os militares pratiam a cidadania.

Tanto isso é verdade que, segindoa FSP, o general Edson Leal Puol, comandante militar do Sul, terça-feira, disse que espera que o povo brasileiro mostre o caminho. Vamos ao que disse a matéria:

"Se vocês estão insatisfeitos, vão para as ruas se manifstar, ordeiramente. Mas não é para incendiar o país. nãoa é isso, afrmou o general durante uma reunião-almoço organizado pela Associação Comercial de Porto Alegre.

"A declaração foi dada em resposta a uma pergunta de um participante da reunião que questionou: 'General, o país está à deriva. Quem nos mostrará o caminho?'. O general respondeu ao questionamento afirmando que cabe à própria população motrar o caminho e recomendou que os insatisfeitos se manifestem: 'Se os nossos representates não estão correspondendo às nossas expectativas, vamos mudar. Há uma insatisfação geral na nação, eu tmbém estou insatisfeito', disse o general.

"Na sequência o general Leal Pujol afirmou que a população é o pincipal termômetro para os poderes Executivo, Legislativos e Judiiário. E lembrou que nos últimos três meses , nao houve nenhum protesto significativo em capitais como São Paulo, Rio, Brasília e Porto Alegre: 'Não estamos gostando, mas estamos passivos. Quero saber quantos de vocês foram pras ruas se manifestar? Não adianta nós usarmos só as redes sociais'.

"Destacou que ele nao pode se manifestar por causa da hierarquia militar: 'Eu não posso ir pra rua'. No final da declaração o general ressaltou que intervenção militar não seria uma solução e que o papel das Forças Armadas é 'seguir a legislação'.".

Acho que não é preciso desenhar que o general deu uma aula de cidadania. Será que o marechal da banda Jungman vai chamá-lo às falas. Era só o que falatava. O general descartou intervenção, mas aconselhou o povo a resolver a parada nas ruas, ordeiramente. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 29/09/2017
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