Reflexões
Meus argumentos mais notáveis não passam de doces insanidades, meus argumentos mais filosóficos são meros projetar de um não saber. .. Seria engraçado se não fosse trágico. Não seria trágico se as sombras não fossem reais.
Mas os tipos do onipotente são duvidas, as duvidas , são tormentas, e as tormentas me lançam mar à dentro.
Nadamos contra a maré por não aceitar a hipocrisia dos fariseus. não estamos em lugar nenhum e não somos de ninguém. Não basta apenas conhecer de ouvir falar meus olhos tem que vê-lo, minhas mãos tem que toca-lo.
Minhas duvidas estão me levando a lugar nenhum. E este é o lugar mais trágico onde se pode estar.
Por estar ávido por conhecer, a imprensao é que o tempo não passa.
Quando se olha à liberdade é que se reconhece a escravidão. Quando se experimenta a liberdade, é que o cativeiro se torna mais cruel. E sonhar já não basta. Argumentar já não é o bastante. Quero um estilo barroco de viver.
Acostumamos-nos tanto com as questões que já não nos interessa as respostas, perdemos tanto tempo argumentando que já não sabemos a que causa defendemos.
E mesmo com toda inconstância, nosso perene estilo de vida é invejado e até sonhado por aqueles que não retêm o dom da coragem.
Quando vivemos sem passado, preso na opção de escondê-lo, lutando para não se afogar no presente, a única coisa que desejamos é avistar o futuro (uma ilha escondida entre nevoas).
Podemos continuar a nadar, mesmo que contra a maré, mesmo que se prometam tsunamis... Esperamos pelo dia depois de amanhã onde apenas um raio de sol basta para restaurar ânimos e trazer vida.
Quando estamos a viver, (não quando estamos vivo)... Quando estamos a viver, podemos dizer como dói às pedradas da vida, como cada fracasso nos leva a beira da loucura e como é avistar este ilimitado golfo de humanos que pisam em humanos.
Já não há como comparar... Podemos apenas escolher qual das desumanidades parecem mais humanas
Devassando um coração que mergulha no universo humano, se descobre que em cada um de nós se esconde um Hitler, um Schindler...
Há um Nietzsche vivo em cada argumento, e um Abraão em cada ponto de esperança; Há um Jó em cada relampejo de fidelidade, um Lutero na tênue ânsia de determinação.
O mais extremo ponto da complexa rede intima humana revela um potencial ilimitado para amar. Porém tal extremo é assassinado entre a casa e o trabalho e enterrado no bar da esquina.
Os homens já não pensam... Dói de mais pensar. Seria melhor largar nosso ativismo de mão e nos aventurar correnteza abaixo... Talvez se encontre a bonança de um lago, ou o derradeiro suspiro em um despenhadeiro.