O Sonho Checheno
I have a dream, a bad dream
Antes de mais nada, lanço o desafio: Leia se for capaz. Afinal o arremedo de escritor ataca de novo. Isto posto, vamos ao texto.
Outro dia, à noite, veio aquele pesadelo. Sabe? Aquele em que não se consegue resolver nada, numa recorrência exaustiva e bota exaustão nisso. Vira pra lá, vira pra cá, e nem era o Vira do Roberto Leal. É o tal que, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come; alguém ai sabe quem elaborou tal pérola? Não vale o Ney Matogrosso...
Pois bem, o presente enigma, do tipo decifra-me ou te devoro, entendeu agora o desafio no início do texto, se apresentava numa prova escolar com uma única questão: qual é o país cujo nome tem nove letras e tem neve pesada? Pode parecer estranho para o estimado leitor, mas não para o enigmático pesadelo!
E vai daqui para ali, numa luta constante e nada... Pelo jeito, o tal país ficava no hemisfério norte perto do polo; se tem neve. E toca a contar a quantidade de letras no nome dos supostos países da abrangida região e nada.
Já exaurido, na eminencia de desistir, jogando a toalha e entregando os pontos e a prova em branco, o professor resolveu dar uma mãozinha, já desesperado com meu desespero, e acrescenta a dica de que o nome de tal país começa com C.
Agora, armado que estava com novas perspectivas letristas, a busca continuou aguerrida, mas infrutífera e felizmente, acabei acordando... Ufa!
O jeito era ir ao banheiro espraiar a cabeça, e ali, naquela espera prostante (sim, a palavra pode não existir, mas para quem não tem problemas de próstata) sentado, que ninguém é de ferro, eliminando aos golfos o excesso de líquido, naquele devaneio noturno, veio a resposta tanto buscada... Eureka: Chechênia... (Em tempo, Eureka com K, fica mais elegante, não é?)
Pode contar ai, nove letrinhas e começa com C e certamente deve ter neve por lá, só não se sabe se pesada. Mas desconfio ser em consequência do pesadelo pesando na neve que fica pesada ou será alguma pegadinha do pesadelo para ele ficar mais pesado? Mas, convenhamos, o que ficou pesado mesmo foi o texto de tanto peso pesado não bem pesado!
Assim, feliz da vida, sem o peso pesado do pesadelo (de novo), voltei a dormir; por um lado, sem me preocupar com a questão cruciante, por outro, na expectativa de não ocorrer outro pesadelo e pior, de não esquecer todos os detalhes para elaborar este texto, será mais um empecilho para não dormir sossegado?
Agora fico pensando, como o celebro ou se preferir a mente, elaborou tal questão? Nem me lembro da última vez que fiquei sabendo algo daquele país. E nem no Facebook, com aqueles quiz (anglicanismo certamente) constantes (ache a letra diferente).
Não vou mais infernizar o leitor com tais elucubrações, já tomei tempo demais, fica a questão para resolver no seu próximo pesadelo, não que deseje, mas, sabe-se lá, acontece de vez em quando, felizmente tem aquela escapada noturna ao banheiro para relaxar.
Arre égua, pesadelo mesmo deve ter tido o leitor, depois de ter desperdiçado seu tempo lendo tanta baboseira que levei tanto tempo desperdiçado escrevendo, deve de estar fulo da vida, mas não esquenta não, breve vou repetir a dose...
Assim, só me resta sair de mansinho...cantarolando:
Sonho meu, sonho meu, vai buscar meu pensamento, sonho meu...
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Pois é, que será que alguém do ENEM achou do texto, tá bem estruturado: começo, meio e fim? Pensando bem, nem tem pro ENEM, nem pra ninguém, é meu e ninguém tasca, faço o que der na moringa com ele, e sigo o terço que além do santo ser de barro, ninguém tá afim de carregar...
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