Milagre no Canal

Imaginem a cena dantesca mas que retundou num milagre: um sujeito vinha numa bicicleta num dos bairros mais miseráveis do Recife, quando passou por um canal, tipo esgoto, em meo ao silêncio, ouviu um ruído como se fosse choro, o ruído vinha de dentro do canal. Ele pára, precisa de luz para tentar verificar o que era, pensou,inclusive, que fosse um gatinho, aparece gente, alguém dizque eé choro de bebê, chamam dois policiais qe passavam por perto, procuram dentro do canale encontram um bebê recé-nascido que fora jogado no esgoto. O bebê ainda estava com o cordão umbelical. Começa a onda de solidariedade, trazem toalha, paninhos, lençol, os policiais levam imediatamente o bebê para um hospital. Lá os médicos atendem prontamente, todos comovidos e fazem de tudo para salvar o bebê. Conseguiram, até agora o bebê está vivo, já colocaram até o nome provisório nele: José Fernando. O fato comoveu muita gente, está havendo doação de todo tipo, o telefone não pára, todos querendo saber notícias de José Fernando. Uma onda verfddeia de solidariedade humana em torno desse milagre do canal.

Foi mesmo um milagre, graças a Deus. Foi Deus quem salvou o bebê. É linda a solidariedade que o bebê está recebendo. Porém, hermanos e hermanas, será que não deveríamospensar na razão que leva uma mãe a jogar um recém-nascido num esgoto? Será que foi apenas maldade? Será que não houve outro motivo? Será que não foi desespero? Srá que essa mãe teve acompanhamnto durante a gravidez? Será que teve solidariedade do companheiro e da família? Ninguem sabe. Ou sabe? Será que não sabemos do que a miséria é capaz de gerar? Sabe-se que as autoridades estariam procurando os pais do bebê.Isso basta? Nãoseria o caso de se refletir sobre políticas públicas que evitassem a repetição de casos absurdos como esse? Políticas para ajudar os mais pobres para evitar que ps empobrecidosse transformem em embrutecidos, vítimas, sejamos francos, da frieza da sociedade e de um sistema que gera a exclusão social.

Acho que quem julga não ter culpa nenhuma na situação de misériae desespero dos mais pobres, pode pegar a pedra para jogar nessa mãe enlouquecida. Será isso justiça?

Lembrete, num país adiantado, com IDH altíssimo, me parece que a Noruega, um cientista assassinou e retalhou uma moça e jogou no mar os pedaços. Esse centista estudou, tem condições financeiras alta, é educado, civilizado e cometeu essa atrocidade. Para mim criminoso é esse, consciente, teve opção de ser humano e bom e não quis. A mãe de Jos é Fernndo com certeza é uma excluída. A miséria é nossa. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/08/2017
Código do texto: T6094726
Classificação de conteúdo: seguro