Padrinho não é parente e nem íntimo

Como a imprensa noticiou, a pedido de Procuradores Federais, o jiz federal Marcelo Bretas decretou a prisão de Jacob Barata Filho, sócio de empresas de ônibus do Rio, acusado de pagar propina a políticos (gruupo de Sérgio Cabral). Grana altíssima. Ele foi preso no Aeroporto quando tentava embarcar para Lisboa (segundo ainda a notícia ele estava com um ofício de um banco avisando que suas contas estavam sequestradas, uma dica que era melhor bater asas).

Não entro no exame dos motivos, mas parece que foi uma investigação minuciosa, também não julgo se era necessária a prisão ou não, mas o que me deixou perplexo foi que quase a jato o ministro Gilmar Mendes mandou soltá-lo. Vejam bem, na discuto se a lei faculta ou não o poder de Gilmar mandar soltar o empresário, a minha perplexidade é que o minitro é padrinho de casamento de uma filha do empresário. Ora, se isso é verdade ele devia ter se achado suspeito para julgar o caso. Ficou parecendo apadrinhamento, compadrismo, algo meio suspeito.

Mas ministro nem se mancou, questionado disse autoritário: "Vocês acham que ser padrinho de casamento impede alguém de julgar um caso? Vocês acham que isso é relação ítima? Não precisam responder". Como o juiz decretou outro mandato de prisão devido a protestos dos procuradores e com base noutros pontos, o padrinho rodou a baiana e mandou ver: "Isso é atípico, né? E, em geral, o rabo não abana o cachorro, o cachorro é que abana o rabo".

Se esse ministro não for chamado à atenção e não for contido, a justiça que não está nada bem no conceito do povo, vai piorar. Não dá para aceitar um comportamento desse de um ministro do STF. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/08/2017
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