Sobre a arte de escrever
No bloguismo já me defini como beletrista, querendo dizer com isto que me dedico a textos sobre amenidades. Amenidades e despretensão, nada mais. A internet e, em particular o bloguismo, permite que nós, os entusiastas, escrevamos e publiquemos nossos textos com comodidade e, também, que aperfeiçoemos a arte da escrita, meu caso. Sem dúvida a web e o processador de textos são os responsáveis pela facilidade com que nós blogueiros expomos nossas idéias e as colocamos ao escrutínio dos leitores. Sem esses instrumentos, muitos potenciais escritores ainda estariam "no armário" devido aos obstáculos de publicar seus textos, de colocar para fora seus anseios e pensamentos.
Desde há muito gosto de pôr em letras, - preto no branco para usar uma expressão desgastada, - o que penso, minha opinião e também palpites e reflexões, e até devaneios inconsequentes. Contudo, para que as idéias sejam registradas com alguma competência e alcancem o público é necessário que observemos algumas normas básicas, que me permito expor:
1ª) Primeiro é preciso PENSAR. Sem lucubração criativa não há maneira de trazer a lume qualquer coisa minimamente interessante, que instigue o possível leitor. Sem expor uma idéia nova ou uma reflexão proveitosa, o que se escreve pode se tornar tão interessante como uma bula de remédio, ou seja, não trazer nada além de informações cruas e destituídas de atrativo;
2ª) CLAREZA. De nada adianta ter ótimas idéias, construir belas assertivas, intuir sacadas geniais e ser filigranoso na hora de passá-las adiante. Hermetismo fica bem apenas em Kafka. Clareza significa expor o que se pensa com coerência, de maneira que os leitores entendam, de modo a não deixar dúvida alguma sobre o assunto abordado. Para isso, devemos, além de refletir bem antes de escrever, usar um vocabulário compatível com o público e de acordo com as regras, o que leva ao item seguinte;
3ª) VERNÁCULO, não agredi-lo, não atentar contra sua integridade. Observar as regras gramaticais e a maneira consagrada de escrever as palavras, nada de muita novidade e jamais esdruxularias. Lembrem-se, Guimarães Rosa usava conceituação idiomática única, criava suas próprias regras porque tinha envergadura para isso, se fôssemos iguais a ele não estaríamos escrevendo modestos blogs, estaríamos na ABL. Não ser repetitivo também é regra de ouro, repetição cansa o leitor;
4ª) BAGAGEM. Sem bagagem (leitura), perdão meus caros, só sai merda. A informação nos fornece material para fazer comparações, cotar dados, contrapor opiniões, explicar melhor, convencer. Não há escapatória, só a leitura instrui. Tantos e belos anos passados em bancos escolares capacitam para a vida, criam competência técnica e profissional, possibilitam disputar mercado e lugar à sombra, adestram para competir, mas não trazem instrução e informação que tornam possível escrever bem e com elegância. É isso aí!
No bloguismo já me defini como beletrista, querendo dizer com isto que me dedico a textos sobre amenidades. Amenidades e despretensão, nada mais. A internet e, em particular o bloguismo, permite que nós, os entusiastas, escrevamos e publiquemos nossos textos com comodidade e, também, que aperfeiçoemos a arte da escrita, meu caso. Sem dúvida a web e o processador de textos são os responsáveis pela facilidade com que nós blogueiros expomos nossas idéias e as colocamos ao escrutínio dos leitores. Sem esses instrumentos, muitos potenciais escritores ainda estariam "no armário" devido aos obstáculos de publicar seus textos, de colocar para fora seus anseios e pensamentos.
Desde há muito gosto de pôr em letras, - preto no branco para usar uma expressão desgastada, - o que penso, minha opinião e também palpites e reflexões, e até devaneios inconsequentes. Contudo, para que as idéias sejam registradas com alguma competência e alcancem o público é necessário que observemos algumas normas básicas, que me permito expor:
1ª) Primeiro é preciso PENSAR. Sem lucubração criativa não há maneira de trazer a lume qualquer coisa minimamente interessante, que instigue o possível leitor. Sem expor uma idéia nova ou uma reflexão proveitosa, o que se escreve pode se tornar tão interessante como uma bula de remédio, ou seja, não trazer nada além de informações cruas e destituídas de atrativo;
2ª) CLAREZA. De nada adianta ter ótimas idéias, construir belas assertivas, intuir sacadas geniais e ser filigranoso na hora de passá-las adiante. Hermetismo fica bem apenas em Kafka. Clareza significa expor o que se pensa com coerência, de maneira que os leitores entendam, de modo a não deixar dúvida alguma sobre o assunto abordado. Para isso, devemos, além de refletir bem antes de escrever, usar um vocabulário compatível com o público e de acordo com as regras, o que leva ao item seguinte;
3ª) VERNÁCULO, não agredi-lo, não atentar contra sua integridade. Observar as regras gramaticais e a maneira consagrada de escrever as palavras, nada de muita novidade e jamais esdruxularias. Lembrem-se, Guimarães Rosa usava conceituação idiomática única, criava suas próprias regras porque tinha envergadura para isso, se fôssemos iguais a ele não estaríamos escrevendo modestos blogs, estaríamos na ABL. Não ser repetitivo também é regra de ouro, repetição cansa o leitor;
4ª) BAGAGEM. Sem bagagem (leitura), perdão meus caros, só sai merda. A informação nos fornece material para fazer comparações, cotar dados, contrapor opiniões, explicar melhor, convencer. Não há escapatória, só a leitura instrui. Tantos e belos anos passados em bancos escolares capacitam para a vida, criam competência técnica e profissional, possibilitam disputar mercado e lugar à sombra, adestram para competir, mas não trazem instrução e informação que tornam possível escrever bem e com elegância. É isso aí!