HIPOCRISIA ENFEITADA DE BOA AÇÃO

Uma história de séculos vivida na cultura da caridade benfazeja. Muitos e muitos anos uma cultura aristocrata conservadora foi marcada na mente e no coração do povo brasileiro. No século passado, começou a ganhar força o movimento esquerdista brasileiro. Uma ideologia de linha socialista vindo ao encontro da base e do calabouço da pirâmide social.

E à medida que essa ideologia e essa movimentação começaram a ganhar força, começou haver um desconforto muito grande na direita aristocrata da cúpula piramidal que tinha adeptos em toda pirâmide, inclusive na base e até nos calabouços. Afinal, cultura atinge a todos.

A Igreja dizia que devemos ajudar os pobres, fazer caridade, praticar boas ações. E o que é praticar caridade? O que é promover uma boa ação? O que significa ajudar os pobres? A justiça, a política, os meios sociais, os empresários, todos unânimes ao pedido do Evangelho: praticar a caridade.

No momento em que a movimentação socialista esquerdista começou a mostrar que ajudar o pobre e praticar a caridade não é a mesma coisa que esmola e não ajuda em nada a ser melhor, a classe aristocrata de direita conservadora reagiu e ficou com medo. Pois ela precisa do pobre para fazer caridade, para dar as esmolas, para praticar uma boa ação. E o mais importante: para ficar mais rica materialmente. O miserável deixando de ser miserável, o pobre deixando de ser pobre, como ela praticará a sua boa ação.

Quando um líder representando esse movimento de esquerda, juntamente com uma ala da Igreja Católica também de esquerda e libertadora começam a agir e levam esse líder ao poder, a classe aristocrática conservadora e direitista, pobre de tudo, rica só de dinheiro, entrou em desespero. Pois ela agora não tinha como praticar a caridade, fazer as boas ações e dar suas esmolas.

E esse líder dessa nova sociedade começou a mudar os rumos da maneira de fazer a caridade, apoiado por muitos outros líderes da mesma estirpe, trazendo os que viviam nos calabouços para o primeiro degrau da pirâmide social, os que viviam no primeiro degrau para o segundo e assim sucessivamente, mas alterando o topo da pirâmide com justiça, fazendo de fato uma boa ação, o que realmente o Evangelho pede. Toda ação para com o pobre e o miserável que não faz o pobre deixar de ser pobre e o miserável deixar de ser miserável é falsa.

A classe que vivia à custa dos pobres e dos miseráveis deu o grito. E esse grito fez com que a base voltasse para onde, na mente dos aristocratas, nunca devia ter saído.

E agora essa base que viu que é possível haver mais igualdade social e que para isso tem que lutar, começa a se organizar de novo.

Por isso que em toda a minha vida eu sempre acreditei que a direita no Brasil é farisáica e que só serve para beneficiar um pequeno grupo que vai ficando cada vez mais rico à custa dos pobres cada vez mais pobres.

Vamos à luta!

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 06/06/2017
Código do texto: T6019858
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