SEMENTE CENTENÁRIA 25ª PARTE

ROSALINA TEODORA DA COSTA

Rosalina Teodora da Costa (Tia Rosa do Engenho), como ficou conhecida foi um importante pilar na criação do distrito de Engenho do Ribeiro e se tornou célebre. Situa-se entre os Mecenas que mais contribuíram para o desenvolvimento da história de nossa Vila. Era filha de Joaquim Ribeiro e Maria Custódia Rodrigues, neta de Manoel Ribeiro e bisneta de Félix Rodrigues Chaves, pioneiros que cá aportaram.
Casada com José Manoel de Araújo. Mulher forte e determinada, tronco de nobres famílias do Vale do Picão.
As duas primeiras sementes lançadas que deram origem ao povoado: Em 1917, com inauguração da 1ª casa de escola e a segunda, em 1930 com a construção da primeira capela, tiveram sua valiosa contribuição. Rosalina foi a doadora da vasta área ocupada pelos dois imóveis. Terras estas doadas atendendo aos anseios de seu visionário sobrinho Guilhermino Rodrigues da Costa e que foram suficientes para que ele, de forma competente, usando sua capacidade visionária, pudesse traçar as ruas e praças de povoado.
Tia Rosa era mãe de quatro filhas: Amélia casada com o Flávio Araújo - pais de Rosa do Pereira e avós do Teodorico e de Flavão. A segunda filha, Balbina, esposa de Juca Araújo, avós de sô Pedro Araujo, o célebre fazendeiro da Extrema. A terceira filha, Clara, casada com Luís Quirino. Sua quarta filha, Sinhana, foi casada com Vital Pio e não tiveram filhos. Sinhana e Vital Pio foram os herdeiros da sede de tia Rosa, que mais tarde pertenceu ao Dinho Braga que a repassou ao Flávio Carreiro, que em 1954 doou para o Engenho a preciosa e badalada água potável, cujas fontes abastecem toda a comunidade e, em épocas de escassez, também sacia a sede dos habitantes das regiões vizinhas, incluindo de outras cidades.
Em 1935, por ocasião do lançamento da pedra fundamental da igreja atual, Tia Rosa marcou presença, contribuindo com certo valor para construção da obra e para aquisição de uma imagem de Santa Rosa de Lima que a seu pedido foi consagrada nossa padroeira.
Atualmente sua memória está eternizada na UBS do nosso distrito. Em uma justa homenagem da sociedade em reconhecimento de suas ações beneficiando a comunidade.
Um detalhe curioso que merece destacar, sua filha Clara casada com Luís,
Cujo sobrenome Quirino surgiu do acaso. Quando Luís nasceu, sua mãe, muito religiosa, tinha afetuoso apreço, respeito e admiração por um padre, cujo nome era Luis  e seu sacristão.que se chamava Quirino. No momento de batizar o filho confidenciou ao marido o desejo de homenagear ambos os religiosos, mas o filho a ser batizado era um só. No que o marido sugeriu:
-- Pois bem coloque Luis Quirino, assim os dois são homenageados, e foi assim que surgiu o sobrenome Quirino.




 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 05/06/2017
Reeditado em 05/06/2017
Código do texto: T6018768
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