Por que tantas dúvidas?

O que será, que será? Que vive nas ideias desses amantes, que cantam os poetas mais delirantes... Seja no meio musical ou na vida real as dúvidas e questionamentos estão sempre presentes!

Serão essas uma marca da atual sociedade? Será uma crise existencial em massa? São tantos questionamentos presentes em um universo... Do tipo será que estou seguindo o caminho certo para a minha vida? Estou no emprego certo? Sou feliz com o que eu faço? Já está na hora de crescer, assumir responsabilidades? Me sustentar com meu próprio dinheiro (mas espera, como? Preciso de um trabalho ou para os que já têm, preciso ganhar mais!), preciso de uma visibilidade social, do tipo mostrar em redes sociais que estou feliz, bem sucedida (o), amada (o)? E por aí vai...

Essa série de dúvidas e muitas outras permeiam a mente humana, parece que nunca estamos contentes com o que temos. Faz-se necessário uma busca diária e exaustiva pelo ter, pelo conseguir me destacar e viver no que podemos chamar de selva de pedras. É comum escutar pessoas por todos os lados reclamando de uma ou outra coisa da vida que nunca vai estar bom o suficiente, sempre ambicioncionando algo melhor, como um novo emprego, um novo curso universitário, uma nova casa, uma nova viagem, outros até querem uma nova vida!

Dessa forma entramos em um ciclo vicioso de reclamações de descontentamentos, pois sempre buscamos o ter mais e mais, às vezes deixamos de lado coisas simples da vida. No ditado popular seria aquela coisa de enxergar sempre a grama do outro mais verde. Algo fácil de fazer com tantas influências externas que sofremos como facebook, instagram, entre outras que criam uma realidade distorcida e uma falsa ideia de felicidade.

Assim, às vezes nos esquecemos de olhar para nosso interior, quais nossas buscas, nossos anseios e aflições e o que devemos ser gratos. Outro ponto importante, a gratidão, ahhh essa nos faz enxergar a vida de outro modo! Quando passamos a agradecer mais do que reclamar, passamos a ter uma visão mais real de quão maravilhosa pode ser a vida, quando nos sentimos gratos até pelas pequenas coisas.

Contudo, não existe uma forma certa de felicidade, não é a felicidade alheia o padrão que devemos seguir como forma comparativa de ideal de vida e sim os nossos próprios sentimentos. Quando se olha pra dentro de si com gratidão e aceitação por tudo que foi conquistado até determinado momento, há uma inversão de valores, a vida do outro deixa de ser tão interessante e nos tornamos protagonistas de nossas próprias vidas. Sendo também uma forma de autoconhecimento, que nos faz progredir e querer crescer e assim algumas dessas infinitas dúvidas vão se esclarecendo e com certeza a vida se tornará mais leve.

Aline Andrade, estudante de Direito, atualmente intercambista a procura de respostas pela vida.

Email: aline.andradee22@gmail.com

A S Andrade
Enviado por A S Andrade em 02/06/2017
Código do texto: T6016402
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