“UM REINO NÃO TÃO TÃO DISTANTE”!
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No reino “nem tão tão distante” da princesa Fiona e do seu amado Shirek, iniciado em 1808 quando o casal fugiu da invasão de Napoleão Bonaparte e veio se refugiar no Brasil, o rei português, D. João VI recebeu de “presente” do traficantes de escravos Elias Antônio Lopes uma casa na quinta da Boa Vista para abrigar toda sua família, na nova capital do império. O “doador” não tinha nenhuma outra intenção que não fosse ter influência junto ao Reino.
Depois outros reinos vieram, também surgiu um golpe militar ocorreu, mas os “agrados” continuaram entre as classes subalternas do Exército, como se referia o candidato a presidência da República, o coronel e Ministro do Interior, Mário Andreazza aos setores de licitações dos BECs do Brasil que contratavam construtoras;
Andreazza, sabendo de tudo e querendo combater a corrupção dentro do Exército, foi derrotado no Colégio Eleitoral da Arena pelo ex-prefeito de São Paulo, Paulo Salin Maluff. Maluff, depois, foi derrotado no Colégio Eleitoral do Congresso Nacional que escolheu o mineiro Tancredo Neves, do MDB à presidência da República, sendo o primeiro presidente da recente do reino da democracia brasileira. Mas isso também virou história e o reino continuou.
Durante os 20 anos de governos militares e ditatoriais as Construtoras Andrade Gutierrez, Codrasa, Camargo Correia e várias outras cresceram e comandaram o Brasil, nos Estados e em muitos municípios também, construindo grandes estradas.. Mas isso também já virou história. Agora, quem governa o reino é a Odebrecht mais para o mal do que para o bem.
Se os trilhões que a empresa doou em propinas para políticos em campanha tivessem sido destinados à Hospitais, Escolas, Saneamento Básico ou Habitação, não existiria mais tanta miséria no “reino não tão tão distante”. Emilio Odebrecht, pai do condenado Marcelo Odebrechet, contatava sobre o Setor Estruturado de Propinas criado pela empresa rindo, como se estivesse falando de algo mais do que normal do mundo empresarial! Deve mesmo ser normal, porque começou em 1808, portanto, há 209 anos, com a família real sendo presenteada por um traficante de escravos para ter poder de mando na família real!
Anos depois de história, a realidade pouco mudou e parece que representar só um pingo de chuva no mar de corrupção que se tornou no reino “não tão tão distante”,.composto por 8 mil casas de fadinhas, ultima moda entre as famílias do Reino da Corrupção. Ou seriam somente 8 mil casas para políticos corruptos serem guardados, após provarem suas “inocências de culpa registradas em vídeos também”?