EMPRESTAR: PERDE O DINHEIRO E O AMIGO

Acabei de recusar dinheiro a um amigo. Amigo(?). Antes, quando na ativa, não tinha coragem de negar, principalmente a colega de serviço. E perdi dinheiro e amizade. Alguns não pagavam e afastavam. Sequer falavam mais com a gente. Nunca tive tampouco coragem para cobrá-los. Só de humilhar alguém devido a dívida, não compensava.

Hoje, a disponibilidade anda apertada, então não se pode abrir a mão tão facilmente.

A respeito de dinheiro, esta foi de aval prestado, lembra-me triste passagem. Colega da faculdade, bem bonita e comunicativa, vivia me infernizando para que avaliasse os títulos para a compra de uma moto. As parcelas eram de pouco valor, mas muitas. Certo dia, não resistindo aquele sorriso, dei o aval.

Nem decorridos dois meses, sofre acidente, resultando triste consequência: ficou cadeirante. Os pais culpam-me até hoje da condição infeliz da filha. Sequer lembram que paguei a dívida dela.

É o que simples pedido de empréstimo trouxe-me novamente à memória. E com essa tragédia vou ter que conviver por bom tempo ainda.