COMPOSTA SOLIDÃO... DOR EFÊMERA!

Vou tentar descrever o fenômeno

daquilo que lateja aqui dentro desta

composta solidão!

Talvez eu tente a vida inteira e

todas as tentativas que se realizem

trarão uma retórica ímpar!

Sei dizer apenas deste segundo que

o nó intensifica em minha garganta e

nada posso pronunciar por ser uma

dor que trucida enlouquecendo

os olhos, as mãos, o coração e

a alma!

Dor de sentimento que por certo

não se chama amor!

Dor que farta!

Dor de perda,

de silêncio que grita agonizando!

Dor que diz amém!

Dor de gente que grita ser gente

e esfaqueia meu coração com

um simples gesto que falta no

encerrar de um abraço!

Dor que acelera o pulsar das vênulas

embriagadas por tantos motivos de

existir sofrendo o sofrer de não poder

se conter!

Dor que possui tantos nomes que não

podem se expressar e tampouco serem

escritos nesta fileira indescritível de pingos

que falecem ao chão narrando o fincar

de mais um dia em vão!

Tentei não me delatar,

mas não consigo ser preciso e

a imprecisão me revela precisando

sempre de você!

A dor aumenta!...

Dói sem avisos e ao avisar-me

derranca todos os nós que

em ferimentos profundos se transformam

sangrando a cantiga dolorida de

uma noite martirizada com tantas

lembranças suas!

©Balsa Melo (Poeta da Solidão)

08.02.06

Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 05/08/2007
Código do texto: T593587
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.