O UIRAPURU.
A bruma fria da madrugada se desfaz aos primeiros tênues raios do sol nascente e a umidade, da noite que se foi, inicia seu clássico bailado partindo do solo para subir ao céu em caprichosas espiras.
Na mata, até então imersa em profundo silêncio, os primeiros sinais de vida se fazem, timidamente, ouvir.
A leve brisa, ainda fria, roça a ramaria que, mansamente, sussurra o primeiro canto do dia, derramando as últimas cristalinas gotas de orvalho.
No solo, as sombras recuam empurradas pelo sol e as cores vão, lentamente, sendo acentuadas e a mata, então, pulsa de vida!
Os sons vão se avolumando e fundem-se num leve zumbido, semelhando um distante enxame.
Vez por outra, destacam-se gritos de macacos ou cantos fortes de pássaros, quase todos constituídos por uma só nota repetida duas ou três vezes, num tom metálico.
Num determinado momento quase não há interrupção e a passarada, em coro, anima a floresta, dá-lhe vida e alma e os arbustos, tocados pela brisa, dançam ao alegre concerto da natureza. São saíras, tucanos, araras, sanhaçus, pretinhos do igapó, galos da serra e muitos mais pousados sobre as nobres árvores da Amazônia – perobas, aroeiras, jacarandás, quaresmeiras, sucupiras...
Mas, num dado momento, como regidos por um invisível maestro, a orquestra silencia e um “solo” magnífico se faz ouvir! É um canto elaborado, uma inteira flauteada frase musical, um milagre de Deus!
O solista é o uirapuru, um maravilhoso pequeno pássaro que, para nossa felicidade, continuará existindo até o fim deste mundo!
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(Diz a lenda que o jovem índio Quaraçá tocava sua flauta e amava Anahi, mulher do cacique. Ciente desse amor impossível, pediu ajuda a Tupã, que condoído, transformou-o num belo pássaro vestido de vermelho, amarelo e asas pretas, de belíssimo canto: o uirapuru!. E que seu canto traria sorte a quem o ouvisse! Pois, então, que esse mavioso canto jamais emudeça!)
Imagem - Internet
A bruma fria da madrugada se desfaz aos primeiros tênues raios do sol nascente e a umidade, da noite que se foi, inicia seu clássico bailado partindo do solo para subir ao céu em caprichosas espiras.
Na mata, até então imersa em profundo silêncio, os primeiros sinais de vida se fazem, timidamente, ouvir.
A leve brisa, ainda fria, roça a ramaria que, mansamente, sussurra o primeiro canto do dia, derramando as últimas cristalinas gotas de orvalho.
No solo, as sombras recuam empurradas pelo sol e as cores vão, lentamente, sendo acentuadas e a mata, então, pulsa de vida!
Os sons vão se avolumando e fundem-se num leve zumbido, semelhando um distante enxame.
Vez por outra, destacam-se gritos de macacos ou cantos fortes de pássaros, quase todos constituídos por uma só nota repetida duas ou três vezes, num tom metálico.
Num determinado momento quase não há interrupção e a passarada, em coro, anima a floresta, dá-lhe vida e alma e os arbustos, tocados pela brisa, dançam ao alegre concerto da natureza. São saíras, tucanos, araras, sanhaçus, pretinhos do igapó, galos da serra e muitos mais pousados sobre as nobres árvores da Amazônia – perobas, aroeiras, jacarandás, quaresmeiras, sucupiras...
Mas, num dado momento, como regidos por um invisível maestro, a orquestra silencia e um “solo” magnífico se faz ouvir! É um canto elaborado, uma inteira flauteada frase musical, um milagre de Deus!
O solista é o uirapuru, um maravilhoso pequeno pássaro que, para nossa felicidade, continuará existindo até o fim deste mundo!
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(Diz a lenda que o jovem índio Quaraçá tocava sua flauta e amava Anahi, mulher do cacique. Ciente desse amor impossível, pediu ajuda a Tupã, que condoído, transformou-o num belo pássaro vestido de vermelho, amarelo e asas pretas, de belíssimo canto: o uirapuru!. E que seu canto traria sorte a quem o ouvisse! Pois, então, que esse mavioso canto jamais emudeça!)
Imagem - Internet