OS VULTOS MEMÓRIAS E HISTÓRIAS

Relembrar-se, é buscar o que temos em memória do memorialista, de um passado em Monte Santo, diferente com o seu povo que convive no meio do contraste, neste século XXI, onde mantém uma hereditariedade no poder. Mais voltando-se aos vultos, isto é, os seres humanos distantes de serem histórias, posso mencionar Antonio Araújo Pinto, de 23 de Março de 1917, a 25 de Setembro de 2013, foi Sapateiro e caçador e conheceu também o Rancho de Virgulino Lampião, na Fazenda Mato Verde, Sertão de Patamuté, e na Queimada do Milho, conheceu o seu Pedro que esteve com Lampião.

Antonio da Tibúrcia, por algumas décadas, jogou bola em 1930 e 1940, junto com Raimundo Cícero dos Reis, ambos foram sapateiros e trabalhavam em uma simples Sapataria, na Rua Teixeira de Freitas, e o Antonio fez um par de Sapato de couro amarelo, para o ator José Maya, usar como personagem de Zé do Burro. Na Minissérie o Pagador de Promessas, gravada em Monte Santo em 1987.

Os vultos deixaram de entrar para história do município: o cantor Raimundo Monte Santo, o Raimundinho, o poeta Antonio Short da Tapera, e também gente simples o Seresteiro Antonio Neves, o músico Antonio da Brasília, o Fogueteiro José (Preto) o engraxante de Sapato Belarmino, o Gary Pedro Cajá, os magarefes, Calasans , o Vital e o José da (Gueda) e outros nas feiras livres as Sextas-Feiras, nos anos de 1980, presenciei os propagandistas, vendendo remédios um deles era Hermíno Menezes, na praça professor Salgado.

Lembro-me, dos Sanfoneiros, os cantadores e as vezes apareciam os violeiros e os cordelistas comercializando cordeis, em festejo de Todos os Santos, de 1974 a 1979, as feiras eram mais animadas e diversão local, tinha o Carrossel do José Sereno, conhecido do povo do Sertão, o Zé Sereno fazia Testamento de Judas, e animava os Carnavais com Marchinhas e O Bloco da Saudade, pelas praças e Ruas da Cidade, acompanhavam os Caretas, os músicos das Filarmônicas Líria Santa Cruz, de 1927, e a Líria Montessantense de 1911.

Para não fugir dos personagens da história remota da cidade de Monte Santo, marcada pela devoção a Santa Cruz, mais ver o lado e a falta de humanismo na atualidade e a maioria da Massa vive submissa as ordens. Por isto as gerações deixam de evoluírem-na, e cada ser vai buscando a reflexão religiosa e conservadora, para livrar do mal, aonde vivem inseguros nos dias atuais.

Na humanidade vem existindo desigualdade, mais podia viver próximo da confiança entre famílias nos Sertões do Nordeste do Brasil.

A noite de Sexta-Feira, 20 de Janeiro de 2017, festejava-se a 11ª celebração a São Sebastião na praça do mesmo nome, houve Missa e logo após, forró, a apresentação do Bloco da Saudade por Valdecir, animados pelos Sanfoneiros, Wilson Duarte e Manoel do Artur que animou o povo na dança. O grupo de Reisado Rainha da Liberdade, da Laje do Antonio, zona rural de Monte Santo, onde tem famílias de descendentes de Quilombolas.

Os artistas precisam de terem os seus reconhecimentos, na pintura de tela, na música, na poesia no cordel e na realização de feira cultural. Por isso o prefeito Edivan Fernandes de Almeida (PSC), valorize a cultura e reabra o Museu do Sertão e indique guia que tenha amor pela profissão.

Zé do cordel
Enviado por Zé do cordel em 31/01/2017
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