O Viajante
Nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota, faz com que minha viagem nunca acabe. Eu sou momentâneo, sou temporário. As atitudes tomadas nessa minha trajetória definem se poderei prolongar-me em memória, em lembrança. Aos poucos entendemos o que é o mundo. Sim, um lugar cruel e obscuro. Nossos deuses são reais, são humanos. Nossos pais nos mostram o que é a vida, e quais ferramentas devemos usar para quebrar os muros mentais que nos impedem de sermos felizes. Quando percebi que tudo era uma viagem, resolvi não me prender em nenhuma condição, pois soube que todo lugar seria uma prisão. Viajando pelo firmamento, com desejo de milhão, e sabendo que quando partir deixarei saudades nos lugares onde despertei paixões e tive minhas maiores decepções. Fecham-se as portas de minha nova condução, pela janela observo o ambiente luminoso e soturno. Traçar novos caminhos é preciso. E assim sigo recomeçando minha viagem. Sempre.