SINDICO...é padecer sozinho em sua sala de trabalho!
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(Antônio Carlos de Castro Paiva Filho, ex-síndico Mundi Resort.)
Só cumprindo o RI e a Convenção, aplicando notificações, multas e outras responsabilidades constante, o resultado do trabalho do que o Síndico faz promovendo benefícios a todos os condôminos, só será reconhecido demais que virar ex-sindico. Hoje, fiscalizando a boa aplicação do dinheiro dos condôminos, observo que ser síndico é ter que aceitar críticas de quem nunca exerceu a função e sendo parabenizado apenas por poucos que reconhecem a difícil missão do Síndico de tomar decisões silenciosas em benefício de todos. Um bom síndico, deve ser honesta e provar a honestidade pelos atos que pratica em sua gestão. Mesmo assim ainda não prestará, só porque cumpriu e fez cumprir o Regimento ou a Convenção, cumprindo apenas seu dever e autoridade que lhe investiu a AG.
Como disse sabiamente o escritor e teatrólogo Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”. Sindico nunca agrada a todos e também não deve trabalhar em seu proveito próprio. Mas sempre em favor da coletividade e se não existem críticas contra o que faz, fez ou fará, alguma coisa estará errada! O Síndico é criticado quando faz e quando poderia ter feito e não o fez. Síndico é chamado de incompetente e medroso por não ter tomado decisão. Sindico deve trabalhar com discernimento, coragem, determinação, administrando conflitos diários e resolvendo-os da melhor forma possível, sempre no interesse da coletividade e não e seu interesse pessoal.
Em 1999 comecei a exercer a função de síndico apenas com a dispensa da mensalidade da unidade. Ainda não existia o Novo Código Civil que instituiu o síndico profissional. Ser síndico é padecer solitário no paraíso de sua sala de trabalho, tomando decisões quase sempre sozinho. Eleito síndico pela primeira vez para administrar o dinheiro dos condôminos no Florença Residencial Park e reeleito mais três vezes. Mudei e administrei por três vezes o Edifício Geneve. Mudei de novo e fui do Conselho Fiscal do Nau Capitania e voltei a ser síndico do Geneve. Depois de anos dedicado à administrar conflitos, ser agredido fisicamente e com a entrada do Novo Código Civil, deixei de fazê-lo e passei a emprestar a experiência que acumulei quando tinha saúde, para trabalhar apenas no Conselho Fiscal do condomínio Mundi Resort, onde resido hoje.
A origem da palavra CONDOMÍNIO vem do latim CONDUMINUM, “COMPROPRIEDADE, formado por COM, junto com a palavra DOMINIUM, “poder sobre o comando”, de DOMINUS, “casa” (http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/condominio/). Dessa origem, se formaram outras palavras. CONDOMINIO é de comum a todos . Em AGE, elegem um síndico único para representar todos os moradores em quaisquer instâncias nas esferas administrativa, cíveis e criminais. Todos são síndicos igualmente e devem contribuir com o bem comum de todos. Muitos condôminos se acham no direito de criticar sem conhecer a dificuldade do trabalho de um síndico, de apontar defeitos, quando deveriam apresentar ideias e sugestões para melhorar. O trabalho de síndico é igual ao de um prefeito de cidade pequena, média ou grande: sempre sofrerá críticas principalmente em época de disputa eleitoral. Um síndico competente nunca agradará a todos. Deve, porém, cumprir e fazer cumprir o Regimento e Convenção Condominial, sob os quais pautará todo o seu trabalho, mesmo não agradando a ninguém porque por mais que tenha feito alguma coisa, sempre lhe sobrarão críticas pesadas e muitas vezes injustas!
Ah, é muito bom participar do Conselho Fiscal do Mundi Residencial Resort e constar que o dinheiro dos condôminos está sendo empregado em benefício geral, indistintamente! Pena que poucos entendem o papel de um síndico e lhe criticam por ter feito e pelo que não poderia ter feito e deixou de fazer, como em toda e qualquer administração pública.