PORCOS E LOBOS
A tarde caia. Engolido pelo longínquo horizonte, deitado em seu berço universal, o sol recolhia seus últimos raios, na sua jornada diária pela terra. Com rabiscos de ouro e o clarão amarelo do arrebol na franja celeste, soberana e imponente, a natureza criava um belo e encantador quadro na tela do infinito. Aos poucos vinham as sombras empurradas pelo crepúsculo. Bando de garças em seu voou matinal, pelas alturas, rumava-se para os montes para seu repouso cotidiano. A brisa que antes perfumava carregada com os aromas da flora silvestre, nessa altura, trazia apenas o fétido e frio odor do hálito podre das vazantes. A ausência da lua puxava o manto negro da noite, e no céu cintilavam as estrelas dominando o universo. Esbravejavam os quero – queros dando sinal que animais de grande porte rondavam seus ninhos. Daqui dali e de acolá, amiudava diferenciado, o coaxar das rãs. o triste pio da coruja me causava arrepios. Mas quando nas margens do rio Picão, os lobos guara começam a disputar seus uivos, querendo conquistar suas Companheiras, vinha-me aquele frio na espinha arrepiando meus pelos. Felizmente acontecia minha salvação, com os roncos dos retardatários suínos aproximando do chiqueiro, vindos pelas trilhas brancas e poeirentas de acesso aos brejais. Papai embora um homem bom, que soube dividir meu tempo, entre eu brincar, estudar e me educar no trabalho. Também foi rigoroso não admitiu que por medo, eu deixasse que nenhum porco ficasse solto durante a noite. Tudo é possível quando a consciência humana se serve com justiça, o trabalho infantil também educa desde que seja respeitado seus limites, a ociosidade juvenil é um espaço aberto para a marginalidade, intoxicando a sociedade e causando um caos social.
A tarde caia. Engolido pelo longínquo horizonte, deitado em seu berço universal, o sol recolhia seus últimos raios, na sua jornada diária pela terra. Com rabiscos de ouro e o clarão amarelo do arrebol na franja celeste, soberana e imponente, a natureza criava um belo e encantador quadro na tela do infinito. Aos poucos vinham as sombras empurradas pelo crepúsculo. Bando de garças em seu voou matinal, pelas alturas, rumava-se para os montes para seu repouso cotidiano. A brisa que antes perfumava carregada com os aromas da flora silvestre, nessa altura, trazia apenas o fétido e frio odor do hálito podre das vazantes. A ausência da lua puxava o manto negro da noite, e no céu cintilavam as estrelas dominando o universo. Esbravejavam os quero – queros dando sinal que animais de grande porte rondavam seus ninhos. Daqui dali e de acolá, amiudava diferenciado, o coaxar das rãs. o triste pio da coruja me causava arrepios. Mas quando nas margens do rio Picão, os lobos guara começam a disputar seus uivos, querendo conquistar suas Companheiras, vinha-me aquele frio na espinha arrepiando meus pelos. Felizmente acontecia minha salvação, com os roncos dos retardatários suínos aproximando do chiqueiro, vindos pelas trilhas brancas e poeirentas de acesso aos brejais. Papai embora um homem bom, que soube dividir meu tempo, entre eu brincar, estudar e me educar no trabalho. Também foi rigoroso não admitiu que por medo, eu deixasse que nenhum porco ficasse solto durante a noite. Tudo é possível quando a consciência humana se serve com justiça, o trabalho infantil também educa desde que seja respeitado seus limites, a ociosidade juvenil é um espaço aberto para a marginalidade, intoxicando a sociedade e causando um caos social.