Segue sua viagem, solitária...
Medimos o mundo com nossa régua. Pergunte ao desonesto se devemos ajudar alguém e a resposta será: "Não, ninguém é de confiança". Cada um pinta a vida com o material que tem dentro de seu mundo íntimo.
Quanto mais feliz você é, não será mais ingênuo, como supõe alguns. Os otimistas não acreditam que todos são bons, mas que o projeto é bom. Que a natureza é mais inteligente que a criatura, apenas isso. A que faz toda a diferença.
E a sua vida será tão boa, sua caminhada será tão mais suave, quanto consiga extrair coisas boas dos semelhantes. Semelhantes? Sim, não idênticos. Mas muito parecidos na capacidade de acertar e de errar. Somos todos alunos da mesma escola, inegavelmente. Mais ou menos mesmo grau de maturidade.
Que o seu melhor seja, portanto, inspiração e não motivo de humilhação. Ferramenta para levantar e não destruir. Assim como o seu pior um lembrete que pode cair também. E talvez um tombo do qual não consiga se recuperar sozinho. E será ajudado na proporção de que tenha ajudado. Será iluminado durante sua jornada na medida que for luz na caminhada alheia. Será amado...
Nem sempre a ajuda virá de onde esperamos, quase nunca na verdade. Nem sempre o amor virá do coração que almejamos. Mas sempre virá, é fato! Porque ninguém é tão iniciante na arte do amor, tão pobre na arte do amor, que se torne órfão de amor.
Segue sua viagem olhando para frente e aceitando as mãos que buscam as suas, s almas que buscam as suas, companhias que se comprazem em estar contigo. E não perca tempo mendigando amor.
Meça o mundo com essa régua fantástica. E transforme o lugar que habita, faça a diferença sendo você, com o adendo do amor. E segue sua viagem sem arrependimentos, sem lamentar pela vida não ser como idealizou na mente, mas aproveite por ela ser assim como o seu coração.