O Segredo é Fazer Pouco...
Propor-se mudanças de pequena expressão.
Não ambicione o muito inviável.
Pense no pouco que possa ser mantido,
por tempo indefinível.
(Espírito: Eugênia. Médium:
Benjamin Teixeira. Livro: Alamedas)
A sabedoria de Eugênia contrapõe-se a muito do que vemos preponderar na cultura moderna sustentada em um materialismo que norteia em suas principais correntes ideológicas, em particular: o capitalismo e o comunismo.
Em essência, a par das múltiplas diferenças que essas apresentam nas suas práticas e métodos, trazem no seu núcleo uma ideia que termina por afastar o homem de si, da autodescoberta e das reflexões que transcendem a vida física. A própria dinâmica que embutem levam a lutas com foco na vida física, deixando ao largo as conquistas profundas do espírito.
Na ênfase de primar por esse acúmulo, seja qual for o propósito, passa-se a exigir da criatura que ambicione o muito, que trace metas além do alcance, que se desarvore e consuma suas forças para ter ou acumular muito mais do que poderia até que se quede cansada e frustrada ao fim de toda uma existência correndo atrás de miragens no deserto da alma.
Trazendo no bojo uma psicoterapia libertadora, Eugênia defende que se faça o mínimo viável e necessário, mas que se faça sempre, de modo persistente e continuado. Corre no subconsciente coletivo a Tese das 10 Mil Horas para se tornar um especialista em determinados assuntos. Em verdade, o que se sabe é que múltiplos e constantes esforços na direção de um projeto viável terminam por nos conduzir ao alcance dos objetivos traçados. Ou seja, como se diz na linguagem popular:¨ Devagar se vai ao longe¨ ou ¨Quem procura sempre alcança¨.
Não se deve desprezar o valor do esforço contínuo e nem desistir das suas metas seja qual for o objetivo útil e benéfico que se proponha a alcançar, mas é preciso que se coloque todos os dias, se necessário for, fazendo o mínimo com persistência até lograr êxito não precisando se consumir de cansaço ou morrer de fadiga. A natureza traçou limites biológicos e mentais que precisamos aprender a respeitar.
Og Mandino, em sua didática obra ¨O Maior Vendedor do Mundo¨, leva o leitor a adquirir vários hábitos fundamentalmente calcados na paciência, na perseverança e na paciência. ¨Persistirei até lograr êxito¨ é um dos mantras que nos ensina. No entanto, afirma que devemos construir nosso ¨êxito¨ colocando um tijolo de cada vez e que um pequeno esforço repetidamente empreendido pode obter mais do que uma grande energia despendida toda de uma só vez.
Não se alça, seja na vida material ou na espiritual, um sucesso repentino e instantâneo. As conquistas no campo do intelecto, das artes ou do saber demandam tempo enquanto nos fortalecemos física e moralmente. Um grande sucesso precocemente atingido pode trazer a ruína completa ao elemento humano. Não seria esse um dos motivos da queda precoce de tantos ídolos populares em tenra idade? Se as raízes da alma não fincam profundamente no solo da existência, tem-se uma criatura fragilizada e que não poderá sustentar o peso dos galhos e da abundância que não se preparou intimamente para alcançar. A natureza é justa e sábia, no entanto o Ser Humano corrompe a própria, ao exigir de si muito mais do que precisa, querendo antecipar-se ao ciclo natural que o beneficiaria.
Pensando no pouco que podemos manter por tempo indefinível, mantendo um ritmo alegre no existir, acumulando conquistas íntimas que serenam a alma, que nos mantêm no caminho equilibrado, poderemos galgar patamares que durem para sempre e que possam servir de alavancas definitivas para o nosso progresso derradeiro além do mundo material. A verdadeira conquista é a que nos liberta do apego às tentações do mundo físico. O caminho é longo, mas será compensador. Deduzimos assim, ao contrário do que se apregoa, que o segredo é fazer pouco de cada vez, mas fazer sempre...
(Jurandir Araguaia é escritor, palestrante motivacional espírita, ex-fiscal-ambiental/Goiânia, Auditor Fiscal/GO, formado em Ed. Física e Adm. de Empresas. Site: www.jurandiraraguaia.prosaeverso.net)
Propor-se mudanças de pequena expressão.
Não ambicione o muito inviável.
Pense no pouco que possa ser mantido,
por tempo indefinível.
(Espírito: Eugênia. Médium:
Benjamin Teixeira. Livro: Alamedas)
A sabedoria de Eugênia contrapõe-se a muito do que vemos preponderar na cultura moderna sustentada em um materialismo que norteia em suas principais correntes ideológicas, em particular: o capitalismo e o comunismo.
Em essência, a par das múltiplas diferenças que essas apresentam nas suas práticas e métodos, trazem no seu núcleo uma ideia que termina por afastar o homem de si, da autodescoberta e das reflexões que transcendem a vida física. A própria dinâmica que embutem levam a lutas com foco na vida física, deixando ao largo as conquistas profundas do espírito.
Na ênfase de primar por esse acúmulo, seja qual for o propósito, passa-se a exigir da criatura que ambicione o muito, que trace metas além do alcance, que se desarvore e consuma suas forças para ter ou acumular muito mais do que poderia até que se quede cansada e frustrada ao fim de toda uma existência correndo atrás de miragens no deserto da alma.
Trazendo no bojo uma psicoterapia libertadora, Eugênia defende que se faça o mínimo viável e necessário, mas que se faça sempre, de modo persistente e continuado. Corre no subconsciente coletivo a Tese das 10 Mil Horas para se tornar um especialista em determinados assuntos. Em verdade, o que se sabe é que múltiplos e constantes esforços na direção de um projeto viável terminam por nos conduzir ao alcance dos objetivos traçados. Ou seja, como se diz na linguagem popular:¨ Devagar se vai ao longe¨ ou ¨Quem procura sempre alcança¨.
Não se deve desprezar o valor do esforço contínuo e nem desistir das suas metas seja qual for o objetivo útil e benéfico que se proponha a alcançar, mas é preciso que se coloque todos os dias, se necessário for, fazendo o mínimo com persistência até lograr êxito não precisando se consumir de cansaço ou morrer de fadiga. A natureza traçou limites biológicos e mentais que precisamos aprender a respeitar.
Og Mandino, em sua didática obra ¨O Maior Vendedor do Mundo¨, leva o leitor a adquirir vários hábitos fundamentalmente calcados na paciência, na perseverança e na paciência. ¨Persistirei até lograr êxito¨ é um dos mantras que nos ensina. No entanto, afirma que devemos construir nosso ¨êxito¨ colocando um tijolo de cada vez e que um pequeno esforço repetidamente empreendido pode obter mais do que uma grande energia despendida toda de uma só vez.
Não se alça, seja na vida material ou na espiritual, um sucesso repentino e instantâneo. As conquistas no campo do intelecto, das artes ou do saber demandam tempo enquanto nos fortalecemos física e moralmente. Um grande sucesso precocemente atingido pode trazer a ruína completa ao elemento humano. Não seria esse um dos motivos da queda precoce de tantos ídolos populares em tenra idade? Se as raízes da alma não fincam profundamente no solo da existência, tem-se uma criatura fragilizada e que não poderá sustentar o peso dos galhos e da abundância que não se preparou intimamente para alcançar. A natureza é justa e sábia, no entanto o Ser Humano corrompe a própria, ao exigir de si muito mais do que precisa, querendo antecipar-se ao ciclo natural que o beneficiaria.
Pensando no pouco que podemos manter por tempo indefinível, mantendo um ritmo alegre no existir, acumulando conquistas íntimas que serenam a alma, que nos mantêm no caminho equilibrado, poderemos galgar patamares que durem para sempre e que possam servir de alavancas definitivas para o nosso progresso derradeiro além do mundo material. A verdadeira conquista é a que nos liberta do apego às tentações do mundo físico. O caminho é longo, mas será compensador. Deduzimos assim, ao contrário do que se apregoa, que o segredo é fazer pouco de cada vez, mas fazer sempre...
(Jurandir Araguaia é escritor, palestrante motivacional espírita, ex-fiscal-ambiental/Goiânia, Auditor Fiscal/GO, formado em Ed. Física e Adm. de Empresas. Site: www.jurandiraraguaia.prosaeverso.net)