Ansiosos por acertar numa educação primorosa, na maioria das vezes, nós erramos. Nossos graus de consciência são variados e interferem a todo momento em nossas ações. Apesar das boas intenções em nome do Amor, rendemo-nos, diariamente, ao "eu sei tudo e você não sabe nada".
Em nome do Amor, destruímos uniões fraternas - falo aqui de nossos filhos! - que poderiam ser promissoras. E ainda nos perguntamos - isso, quando nossos egos nos permitem tal reflexão - "se eu fiz tudo certo, por que meus filhos não são amigos?" Você já parou para pensar nas eventuais comparações que você mesmo faz entre eles? O filho que faz tudo o que você quer, faz isso por que é bom para ele ou por que é bom para você? Ele faz isso por que a autoestima dele está bem equilibrada ou apenas para ter uma fatia maior do seu amor em relação aos próprios irmãos?
A vida familiar é complexa. Se amássemos os nossos filhos "só" pelo que eles trazem de "fábrica", já estava bom demais. Mas não conseguimos amar alguém tão clean. Aquela criatura linda com seu choro estridente, não tem poder suficiente para amansar o nosso ego. Olhamos para ela e ignoramos o bebê fantástico que ali está, só pensamos no futuro, no graduado ou pós-graduado de sucesso que teremos para ostentar perante o mundo. O que vemos é a pedra angular sobre a qual, desde o primeiro momento, já começamos a projetar, na pior das hipóteses, realizações futuras mirabolantes, aquelas mesmas nas quais nós próprios talvez já tenhamos fracassado no passado.
Filho devia ser borboleta, leve, pluma, com asas diáfanas, mas quando nós o impedimos de voar, vemo-nos sujeitos a testemunhar seu corpo pesado de frustrações a tropeçar pela vida como uma sombra. E será essa, então, a realidade que amargará nossa boca a cada dia.
A autoestima de um filho se constrói com respeito, limites e uma farta dose de afeto. Quando um adulto for capaz de lidar com as próprias limitações - sem perder o norte -, talvez ele seja também capaz de aceitar seu filho in natura, como um dos presentes mais valiosos que o Universo ousou lhe confiar.
Alzira Chagas Carpigiani - Terapeuta Reikiana (CRTH 1203)
E-mail: alziracarpigiani@uol.com.br
Em nome do Amor, destruímos uniões fraternas - falo aqui de nossos filhos! - que poderiam ser promissoras. E ainda nos perguntamos - isso, quando nossos egos nos permitem tal reflexão - "se eu fiz tudo certo, por que meus filhos não são amigos?" Você já parou para pensar nas eventuais comparações que você mesmo faz entre eles? O filho que faz tudo o que você quer, faz isso por que é bom para ele ou por que é bom para você? Ele faz isso por que a autoestima dele está bem equilibrada ou apenas para ter uma fatia maior do seu amor em relação aos próprios irmãos?
A vida familiar é complexa. Se amássemos os nossos filhos "só" pelo que eles trazem de "fábrica", já estava bom demais. Mas não conseguimos amar alguém tão clean. Aquela criatura linda com seu choro estridente, não tem poder suficiente para amansar o nosso ego. Olhamos para ela e ignoramos o bebê fantástico que ali está, só pensamos no futuro, no graduado ou pós-graduado de sucesso que teremos para ostentar perante o mundo. O que vemos é a pedra angular sobre a qual, desde o primeiro momento, já começamos a projetar, na pior das hipóteses, realizações futuras mirabolantes, aquelas mesmas nas quais nós próprios talvez já tenhamos fracassado no passado.
Filho devia ser borboleta, leve, pluma, com asas diáfanas, mas quando nós o impedimos de voar, vemo-nos sujeitos a testemunhar seu corpo pesado de frustrações a tropeçar pela vida como uma sombra. E será essa, então, a realidade que amargará nossa boca a cada dia.
A autoestima de um filho se constrói com respeito, limites e uma farta dose de afeto. Quando um adulto for capaz de lidar com as próprias limitações - sem perder o norte -, talvez ele seja também capaz de aceitar seu filho in natura, como um dos presentes mais valiosos que o Universo ousou lhe confiar.
Alzira Chagas Carpigiani - Terapeuta Reikiana (CRTH 1203)
E-mail: alziracarpigiani@uol.com.br