GARGALHADA TRIUNFAL

Quem trabalha com mais gente sabe bem como este ambiente é quase sempre hostil. Apesar de muitas vezes pairar um clima gostoso, de paz eterna, por trás deste véu trafegam rancores, ressentimentos e vontades impublicáveis. As pessoas precisam conviver em grupo pra levar seu pão pra casa e isso muitas vezes exige que todo seu sangue finja que é amigo, que é fiel, que é do time. Mas quando menos se espera ver aquela rasteira que ficou dias e noites num banho-maria só aguardando a hora certa pra empurrar todas peças do dominó. Então o rei é mandado ao calabouço e aquele que se fingia de bobo-da-corte passa a ter o chicote nas mãos. Esta regra do jogo pode parecer um tanto disneyniana demais, mas o circo corporativo não brinca em serviço. Cada um segue seu roteiro até o outro fazer um truque mais requintado, tirando da cartola a guilhotina no lugar do inocente coelho

- só para ter o prazer da gargalhada triunfal.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 19/05/2016
Reeditado em 19/05/2016
Código do texto: T5639952
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