Especialmente no inverno
De um modo geral introduzir é mais difícil que retirar.
A introdução de uma pessoa na vida é um processo demorado. Tem a gestação, que dura alguns meses. A retirada é rápida. Pode ser inclusive aos borbotões e ser questão de horas, minutos. Através de guerras entre nações, guerras civis, guerras entre quadrilhas ou facções, através do simples extermínio por agentes bacteriológicos, por bombas atômicas, etc.
As modalidades de retirada são as mais variáveis possíveis, enquanto que a de introdução se dá, até agora, de uma única forma. Mesmo em se tratando de gêmeos, trigêmeos. Parece até que os diferentes tipos de retirada atendem à necessidade do equilíbrio demográfico, pois, o desaparecimento volumoso de pessoas não afeta o crescimento populacional.
A introdução do órgão masculino no feminino é também em geral mais demorada. À vezes até complicada, face a um eventual impedimento. A retirada é muito menos. Se dá até pelo progressivo desenrijecimento da ereção.
A introdução de alguém num grupo depende, às vezes, de uma série de gestões, questionamentos, avaliações. A retirada muitas vezes pode ser fruto apenas de uma palavra, proferida pelo próprio introduzido ou por alguém de maior influência no grupo.
Talvez a rolha em uma garrafa seja uma das exceções. A introdução, se realizada por meio industrial, é imediata, mecânica. A retirada pode ser mais trabalhosa. Mas isso se não tivermos o abridor adequado.
Por que então que a introdução é mais difícil e a retirada mais fácil?
Vou dormir mais cedo pra ver se descubro. Às vezes, especialmente no inverno, quando cobrimos os pés a resposta vem.
Maricá, 16/05/2016