Preciso levantar
Acordei, mas não inteiro, meus braços insistiram em continuar dormindo. Foi até engraçado, cada tentativa de levantar culminava com minha cara no travesseiro novamente. Até que desisti e aqui permaneci. Mais uns 20, talvez 40 minutos lembrando coisas bobas. Coloquei Elias pra tocar no celular, pra relaxar. Aí foi inevitável.
Fiquei lembrando o que vi e no que senti. Não só naquele dia, mas nos outros todos. Tão poucos. Até o braço paralisado fez sentido naquele momento, ou melhor, naqueles. Enquanto vivia e depois, quando lembrava. A imobilização se deu de maneiras diferentes nos dois casos e os estímulos também foram distintos. Enquanto recordava, foi plenamente físico e não havia o que eu fazer, apenas esperar que eles acordassem. No vivido, quem disse que também não foi físico? Pois é, foi. O meu e o seu, e também não havia o que fazer somente te olhar e esperar que soltasse. Mas eu não queria isso. Estava bom. E, até mesmo depois de me revelar que só fez aquilo para evitar possíveis rabiscos e riscos, eu gostei. Ufa, não havia compromissos, era só isso.
Foi bom lembrar, e até viver, mas agora devo levantar, mas isso claro se você e meus braços deixarem.