O VAQUEIRO

O vaqueiro é um empregado de fazenda, que trabalha a cavalo na lida de levar gado de um lugar para outro da mesma ou outra fazenda, para local de melhor pasto, de aguada, de restos de colheitas de milho, de algodão. Em Pernambuco, nordeste brasileiro, em época de muita seca, as rés são levadas ao vale de Moxotó, ao local de cactos, catingueira, mulungu, jurema, etc.

Como trabalham em regiões agrestes, o vaqueiro usa roupa apropriada, que são: Gibão ou dolmã, no sul, para-peito ou peitoral, que é seguro por um alça que passa pelo pescoço;

perneiras cobrem as pernas até a virilha, são presas na cintura, para que o corpo fique livre para cavalgar, luvas cobrem as costas das mãos, deixando os dedos livres; jaleco, parece um bolero, feito de couro de carneiro, sendo usado geralmente em festas, tem duas frentes: uma para o frio da noite, onde conserva a lã, a outra de couro liso para o calor do dia; o chapéu protege do sol, dos espinhos e dos galhos dos arbustos ou caatinga do nordeste, a copa do chapéu é usada para beber água e comer; cantil e outros equipamentos de sobrevivência; espora nos pés e chibata de couro nas mãos e uma faca na cintura.

O vaqueiro vestido a caráter, está pronto para a jornada do árido e rústico serviço de aboiar o gado, às vezes cavalgando o dia todo no remanejo das rés, em época de enchente no pantanal Mato-Grossense, levando o gado para lugares mais altos, procurando boa aguada em outras regiões do país. O canto de aboio serve para guiar a boiada e orientar algum companheiro perdido ou desgarrado da manada.

O dia nacional do vaqueiro é comemorado no dia 20 de julho e no nordeste é no terceiro domingo de julho, com missa em homenagem a Jacó Raimundo, assassinado por um companheiro, em uma disputa chamada briga de foice (duelo), até então era aceita como acerto de contas, no município de Serrita, (PE), em maio de 1954, segundo a tradição local pernambucana.

O canto de aboio serve guiar a mandada e orientar algum companheiro perdido ou distante da boiada.

O vaqueiro é, sobretudo, um forte, luta pela vida enfrentando a morte.