Os problemas relacionados ao acúmulo de lixo não existiriam caso as pessoas revelassem uma maior consciência cidadã.
No meu condomínio o caminhão do lixo aparece quatro dias, durante as manhãs, entre dez e onze horas.
Observo, bem fora desses horários, os moradores carregando seus lixos, em sacos inadequados, jogando nas enormes lixeiras (não querem nem sequer ter o trabalho de se aproximar), despertando minha revolta.
O caminhão já passou, virá daqui a dois dias.
Por que depositar imediatamente o lixo agora?
Nos dias da coleta o caminhão encontra tudo espalhado, uma bagunça, efeito de atitudes deseducadas demais.
Recuando 25 anos, lembro que, na ocasião, meu pai comandava uma barraca fazendo as boas apostas do alegre jogo do bicho.
Na área da frente a população decidiu acumular lixo.
Surgiu uma moça, empregada de uma das casas próximas, trazendo um saco e atirando nesse espaço improvisado pela imprudência.
A moça veio uma, duas, três vezes...
Meu pai, muito engraçado e abusado, exclamou:
_ Essa casa é uma verdadeira fábrica de lixo!
Não demorou cinco minutos, veio a dona da casa, uma senhora fortinha, trazendo um outro saco de lixo e, sem desgrudar os olhos do meu pai, atirando no local.
Ela não disse nada, meu pai ficou quietinho. Eu recordei a filha daquela mulher, uma colega do antigo ginasial.
O nome da minha colega, que tinha o perfil da mãe, o corpo cheinho, uma cópia perfeita, era Mônica.
Caramba! Meu pai provocou a mãe de Mônica.
As duas, tão parecidas, sugeriam possuir o mesmo nome.
O episódio destaca, então, a Mônica mãe e a Mônica filha.
Inspirando o enredo dessa história há a ausência de cidadania, os lixos espalhados, o cheiro horrível, a imundície, meu pai irônico e cínico.
Vale a pena guardar as ótimas lembranças que painho sempre traz.
Meu pai também era cheinho e fortinho, caracterizando um corpo que combinava com as Mônicas.
* Jamais pretendendo blasfemar, peço licença para resumir, através de uma frase, a profunda lição que o fato me leva a anotar:
Dai ao lixo o que é do lixo, e a Mônica o que é de Mônica!
Um abraço!
No meu condomínio o caminhão do lixo aparece quatro dias, durante as manhãs, entre dez e onze horas.
Observo, bem fora desses horários, os moradores carregando seus lixos, em sacos inadequados, jogando nas enormes lixeiras (não querem nem sequer ter o trabalho de se aproximar), despertando minha revolta.
O caminhão já passou, virá daqui a dois dias.
Por que depositar imediatamente o lixo agora?
Nos dias da coleta o caminhão encontra tudo espalhado, uma bagunça, efeito de atitudes deseducadas demais.
Recuando 25 anos, lembro que, na ocasião, meu pai comandava uma barraca fazendo as boas apostas do alegre jogo do bicho.
Na área da frente a população decidiu acumular lixo.
Surgiu uma moça, empregada de uma das casas próximas, trazendo um saco e atirando nesse espaço improvisado pela imprudência.
A moça veio uma, duas, três vezes...
Meu pai, muito engraçado e abusado, exclamou:
_ Essa casa é uma verdadeira fábrica de lixo!
Não demorou cinco minutos, veio a dona da casa, uma senhora fortinha, trazendo um outro saco de lixo e, sem desgrudar os olhos do meu pai, atirando no local.
Ela não disse nada, meu pai ficou quietinho. Eu recordei a filha daquela mulher, uma colega do antigo ginasial.
O nome da minha colega, que tinha o perfil da mãe, o corpo cheinho, uma cópia perfeita, era Mônica.
Caramba! Meu pai provocou a mãe de Mônica.
As duas, tão parecidas, sugeriam possuir o mesmo nome.
O episódio destaca, então, a Mônica mãe e a Mônica filha.
Inspirando o enredo dessa história há a ausência de cidadania, os lixos espalhados, o cheiro horrível, a imundície, meu pai irônico e cínico.
Vale a pena guardar as ótimas lembranças que painho sempre traz.
Meu pai também era cheinho e fortinho, caracterizando um corpo que combinava com as Mônicas.
* Jamais pretendendo blasfemar, peço licença para resumir, através de uma frase, a profunda lição que o fato me leva a anotar:
Dai ao lixo o que é do lixo, e a Mônica o que é de Mônica!
Um abraço!