SOMOS TODOS POLÍGAMOS

Todos nós casados, ou tendo alguma relação estável, somos polígamos. Porque não mantemos vínculo só com aquela pessoa, como oficialmente acontece, salvo algumas exceções. O nosso vínculo ocorre também com o seu entorno. E isto bem mais complexo do que parece aparentemente. Cada peça do seu entorno tem um universo de ramificações que extrapola qualquer possibilidade de entendimento. São outras "pessoas" com suas almas próprias, interferindo no conjunto com extrema habilidade. Começando pelo seu DNA, aquele histórico que está enfronhado nas trilhas que compõem sua trajetória e que dá ordens feito marechal de cinco estrelas. Depois tem os mistérios dos seus pensamentos, jamais revelados a ninguém, que conservam áreas sombrias intocadas e que são, de fato, o quartel-general de grande parte das suas investidas em todas as áreas e direções. Tem mais. Os sentimentos de retaguarda, aqueles que aparentemente se dizem inofensivos e sem grande relevância no show diário, mas que guardam flechas com veneno mortal, prontas para atingir quaisquer alvos que se façam necessários. Neste harém multifacetado reside a chave que nos levará à felicidade ou pântano das lágrimas. Pode desistir de tentar vasculhar no companheiro ou companheira para tentar encontrar estas criaturas e assim poder esmigalhá-las, tal como faria com aquela barata no meio da sala. Elas são mais espertas do que eu e você jamais seremos somando todas encarnações que tivermos. E sabem se camuflar sem deixar quaisquer pegadas ou pistas de onde deram o ar de sua graça.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 25/04/2016
Reeditado em 25/04/2016
Código do texto: T5615703
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