CENA INUSITADA NAS RUAS PAULISTANAS
Há muitos anos venho observando, em determinados locais de São Paulo, alguns caminhões estacionados vendendo cofres. Isto sempre me chamou atenção porque entendo que cofre, apesar de convivermos com assaltos a todo instante, não é algo que se compraria normalmente na rua, como ocorre com água de coco ou alguma fruta. Além do mais, trata-se de algo bem pesado, mesmo os modelos menores, sendo portanto de difícil transporte num carro particular. Não tenho noção de quanto custo cada modelo, que são vários, mas suponho que não seja algo barato. Imagino que devem ter interessados nestes produtos, já que os caminhões estão sempre lá, firmes e fortes, resistindo às intempéries da crise econômica. Talvez seja um ramo de negócio bem lucrativo, porque se alguém enche um caminhão de cofres para ficar o dia inteiro parado aguardando o freguês, certamente não faz isto por hobby ou diversão. Penso numa cena doméstica: a esposa fazendo uma lista de coisas para mandar o marido comprar, como batata, sabão em pó, papel higiênico, óleo e, para finalizar, um cofre. E lá vai ele negociar com o dono do caminhão um modelo que caiba no quarto do casal, voltando para casa, trazendo no porta malas a encomenda pedida pela patroa. Missão cumprida!
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